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Passageiros de Lisboa fazem 30 reclamações por dia desde o início do ano

O número de reclamações recebidas no primeiro semestre de 2016 é de cerca de 900 por mês, o que representa um acréscimo que ronda os 4% em relação ao semestre anterior.

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"A carreira 729 sentido Algés, nos dias úteis (horário de Inverno) no período da manhã (entre as 6h e as 8h da manhã) tem tido inúmeras falhas de veículos em circulação.

Para chegar ao trabalho apanhava sempre esta carreira entre as 7h-7h15. Tem acontecido inúmeras vezes não aparecer neste horário, sendo que passa um pelas 6h30 e o seguinte quase uma hora mais tarde (7h30), que já é demasiado tarde para chegar a horas ao trabalho. E esta alteração não foi comunicada aos clientes." Esta foi apenas uma das reclamações que chegou ao portal da Deco, este ano. Por dia, foram cerca de 30 as queixas apresentadas pelos passageiros directamente às empresas de transportes públicos.

"O número de reclamações recebidas no primeiro semestre de 2016 é de cerca de 900 por mês, o que representa um acréscimo que ronda os 4% em relação ao semestre anterior", respondeu ao Negócios a administração das empresas de transporte público (Carris, Metro de Lisboa e Transtejo/Soflusa). Assim, em média foram apresentadas 30 queixas por dia nos primeiros seis meses deste ano.

Além de se queixarem directamente às empresas, os passageiros contam, desde Fevereiro, com um portal lançado pela Deco especialmente para este fim. Através deste meio, foram apresentadas 2.300 reclamações que depois foram reencaminhadas para os respectivos prestadores de serviços. Destas, 60% são relativas ao transporte rodoviário, 18% ao transporte ferroviário e 15% ao metropolitano. E é das áreas metropolitanas de Lisboa, Porto e Coimbra  que chega o maior número de queixas.

Mais de 50% das reclamações apresentadas à Deco são mesmo relativas à área metropolitana de Lisboa. "Atrasos, cancelamentos e diminuição/supressão de carreiras ou horários são os principais motivos de reclamação", explica Ana Sofia Ferreira ao Negócios. De acordo com a coordenadora do Gabinete de Apoio ao Consumidor da Deco, tem aumentado nos últimos meses o número de reclamações relativas ao incumprimento dos parâmetros de higiene, conforto e qualidade. "Há muitos consumidores que se queixam que há escadas rolantes avariadas há meses e que os elevadores não funcionam em determinadas estações", adianta a responsável da Deco
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Os problemas relacionados com a utilização dos transportes públicos já levaram a que os portugueses perdessem mais de três mil horas de tempo laboral e familiar, estima a Deco. A associação demonstra, assim, a sua preocupação com o facto de "muitas reclamações serem reiteradas e prolongadas no tempo".
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