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OGMA produziu primeiro painel do KC-390 para entregar à Força Aérea
Os cinco aviões vão custar ao estado português 827 milhões de euros. A produção do primeiro já arrancou nas instalações da OGMA em Alverca.
A OGMA anunciou esta quinta-feira que finalizou a produção do primeiro painel que vai integrar a fuselagem do primeiro de cinco aviões KC-390 que a Embraer vai entregar à Força Aérea no âmbito de um contrato de 827 milhões de euros assinado com o Estado em 2019.
Em comunicado, a OGMA assinala que a "primeira de cinco aeronaves Embraer KC-390 que vão equipar a frota da Força Aérea Portuguesa está a tornar-se numa realidade", sendo que a companhia de Alverca "tem a seu cargo o fabrico da fuselagem central, fabrico e montagem dos sponsons direito e esquerdo (conjuntos com cerca de 12 metros de dimensão que compõem a carenagem do compartimento do trem de aterragem) bem como dos lemes de profundidade".
No âmbito do contrato aprovado em conselho de ministros no ano passado, o primeiro destes aviões de carga e transporte, substitutos dos Hércules C-130, tem entrega prevista à Força Aérea Portuguesa em fevereiro de 2023, seguindo-se mais um por cada ano até fevereiro de 2027.
A OGMA, detida em 65% pela companhia brasileira e em 35% pela empresa pública portuguesa Empordef, considera que "este é um dos projetos mais ambiciosos da Embraer" e assinala que " transporte destes componentes exige uma operação de logística e de transporte excecional, com os componentes estruturais de maior envergadura a serem transportados em camiões especiais até ao Porto de Lisboa, seguido por via marítima rumo ao Brasil, com destino à fábrica da Embraer, localizada em Gavião Peixoto".
O maior projeto aeronáutico português
O KC-390 é fabricado pela brasileira Embraer, mas tem uma forte participação da engenharia portuguesa. A aeronove foi apresentada em junho de 2016 nas oficinas das OGMA, em Alverca. Anunciado como o maior projeto aeronáutico português, tem uma incorporação nacional superior a 56% e mais de 450 mil horas de engenharia portuguesa.
A Embraer, que conta com uma fábrica em Évora, contratou a Empresa de Engenharia Aeronáutica (EEA) para este projeto, que por sua vez subcontratou o CEIIA, para componentes estruturais da aeronave e outros pacotes de trabalho associados à fuselagem central.