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Novas regras na Europa aceleram transição para os carros elétricos

A Europa está a adotar medidas sem precedentes para eliminar os carros movidos a gasolina e diesel e acabar com a era de quase 150 anos do motor de combustão interna.

Carros elétricos e híbridos plug-in dispararam vendas em janeiro.
Benoit Tessier/Reuters
21 de Novembro de 2020 às 20:00
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No Reino Unido, a venda de carros a gasolina e diesel será proibida a partir de 2030, enquanto a Alemanha aprovou uma extensão de quatro anos dos subsídios para a compra de veículos elétricos. As medidas refletem a abordagem combinada de incentivos e penalizações dos governos para que as fabricantes passem a produzir carros movidos a bateria. A pressão regulatória já ajudou os veículos elétricos a conquistarem uma fatia maior das vendas de carros de passageiro na Europa do que em qualquer outro mercado de automóveis desenvolvido no mundo.

Mas a mudança também terá desvantagens: a necessidade de menos trabalhadores para a produção de carros elétricos deve resultar em dezenas de milhares de despedimentos nos próximos anos. E, embora os custos estejam a cair, os veículos elétricos ainda demorarão anos a alcançar o mesmo nível de preços dos carros a gasolina e diesel, aos quais os consumidores estão habituados.

"A longo prazo, os dias do motor de combustão interna na Europa estão contados", disse Colin McKerracher, da BloombergNEF. "Embora a política esteja a direcionar o lado da oferta, também há uma procura real por esses veículos. As pessoas que compram veículos elétricos adoram-nos".

A BMW anunciou esta semana que vai gastar 400 milhões de euros para adicionar uma linha de montagem de carros elétricos na sua principal fábrica em Munique. Até ao final de 2022, cada uma das fábricas alemãs da fabricante produzirá pelo menos um veículo totalmente elétrico.

O Reino Unido antecipou a proibição de carros a gasolina e diesel em uma década, mas o plano do governo para promover uma "revolução industrial verde" não adota uma abordagem totalmente proibitiva.

O primeiro-ministro Boris Johnson anunciou quase 2,4 mil milhões de libras em subsídios e apoios para infraestrutura de carregamento, desenvolvimento e produção de veículos elétricos.

Esses apoios compensarão apenas parcialmente o impacto das incertezas do Brexit que afetam o setor e fica muito aquém, por exemplo, das ajudas da Alemanha. O governo da chanceler Angela Merkel está a oferecer às fabricantes e fornecedores 5 mil milhões de euros de ajudas durante a crise de coronavírus e para investimentos em carros elétricos.

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