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Navios de bandeira portuguesa escapam à pirataria marítima em 2021

Os incidentes de pirataria marítima diminuíram no ano passado para 132, não tendo ocorrido nenhum com navios de bandeira lusa. Até agora, a DGRM aprovou 199 planos antipirataria para navios registados em Portugal.

18 de Janeiro de 2022 às 12:27
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Em 2021 foi registado o número mais baixo de incidentes de pirataria e assaltos à mão armada desde a década de 90, num total de 132, de acordo com os relatórios anuais de controlo deste tipo de crime, a que a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) teve acesso. Nenhum dos incidentes registados envolveu navios de bandeira portuguesa.

Em comunicado, a DGRM afirma que este "continua a ser um grande flagelo ao transporte marítimo, mas o panorama global tem vindo a melhorar", referindo dados da Câmara de Comércio Internacional que revelam que em 2021 foram registados 132 incidentes contra 195 no ano anterior, sendo que 88% das ocorrências resultaram na entrada dos piratas a bordo, com ameaças de armas de fogo ou armas brancas.

Os motivos desta redução, refere na mesma nota, foram "as fortes medidas colocadas em prática pelos países dos grandes armadores mundiais e pelas medidas adotadas pelas próprias companhias de gestão dos navios".


Neste âmbito, a DGRM destaca "a ação ‘musculada’ da Dinamarca, em proteção do seu grande armador Maersk, que tem desenvolvido ações concretas com navios e militares dinamarqueses", e recorda que o episódio mais grave ocorreu em novembro passado com troca de tiros, do qual resultaram quatro piratas mortos no Golfo da Guiné.

 

De acordo com a DGRM, o Golfo da Guiné continua a ser a pior zona do globo, embora tenha decrescido bastante o número de incidentes. Em 2020 tinham sido registadas 81 ocorrências e em 2021 apenas foram registadas 34, uma diminuição de 55%.

"A presença de forças navais internacionais e a cooperação com os estados costeiros tem motivado este decréscimo", explica aquela direção geral, frisando que, ainda assim, em 2021 os piratas no Golfo da Guiné raptaram 57 pessoas de navios de marinha mercante.

No ano passado, destaca ainda, não ocorreram incidentes de pirataria com navios de bandeira portuguesa, embora existam vários navios de bandeira lusa a atravessar zonas de risco.

"Para este efeito, muito tem contribuído o novo Diploma de Segurança Privada a Bordo, tendo neste ano a DGRM aprovado 199 planos antipirataria para navios registados em Portugal", refere a entidade.

 

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