O consórcio liderado pela Mota-Engil e que conta com as construtoras portuguesas Teixeira Duarte, Casais, Alves Ribeiro, Conduril e Gabriel A.S. Couto vai enfrentar a concorrência de dois consórcios liderados por espanhóis para a segunda parceria público-privada (PPP) para a linha de alta velocidade Lisboa-Porto, avança esta segunda-feira o El Economista.

No concurso para o troço entre Oiã e Soure, cujo investimento está estimado em 1.751 milhões de euros, o consórcio português terá como adversários o consórcio liderado pela espanhola Sacyr e que conta com as portuguesa DST e ACA Engenharia & Construção, que disputou o primeiro troço, entre Porto e Oiã, mas que teve a sua candidatura rejeitada, e um consórcio totalmente espanhol formado pela Acciona, FCC e Ferrovial.

A PPP de Porto-Oiã foi adjudicada ao consórcio português e o contrato assinado no início de outubro.

Em janeiro de 2023, em entrevista ao Negócios, o CEO da Mota-Engil, Carlos Mota dos Santos, já tinha alertado para a concorrência de empresas espanholas. Já em julho, o gestor da construtora antecipava que no segundo lote viria a "armada espanhola" toda.

Os dois troços fazem parte da primeira fase da alta velocidade que ligará as duas maiores cidades portuguesas em uma hora e 15 minutos, que contará com financiamento do Banco Europeu de Investimento (BEI) de 3 mil milhões de euros.

Em julho a Comissão Europeia anunciou que a linha de alta velocidade entre Lisboa e o Porto é um dos projetos selecionados no âmbito das candidaturas ao Mecanismo Interligar a Europa (CEF na sigla em inglês). As duas primeiras PPP do projeto - os troços Porto-Oiã e Oiã-Soure - receberão cerca de 813,2 milhões de euros.