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Miguel Cruz: "Expropriações para a linha de alta velocidade vão custar 250 milhões"

O presidente da Infraestruturas de Portugal salienta o interesse que o primeiro concurso para a alta velocidade está a despertar, designadamente de empresas de outras origens europeias que não apenas de Portugal e Espanha.

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O presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), Miguel Cruz, estima que o valor a pagar em expropriações pela construção da linha de alta velocidade entre Lisboa e Porto não deverá ultrapassar os 250 milhões de euros. 

Em entrevista ao Negócios e Antena 1, o responsável aponta este montante como o possível "no pior cenário" e acredita que dessas situações não resultem litígios que atrasem o projeto.

Depois de a IP ter candidatado a primeira fase do projeto da alta velocidade, entre Porto e Soure, a 875 milhões de euros de fundos do Mecanismo Interligar a Europa (CEF, na sigla em ingês), Miguel Cruz garante que as verbas comunitárias para a totalidade do projeto não ficarão por aí. 

Como afirma, à medida que o projeto for avançando, Portugal vai continuar a apresentar candidaturas "porque isso significa menos custo para o Estado", sendo o seu objetivo tentar para cada uma das fases obter financiamento idêntico ao da primeira. 

O responsável assegura ainda que Portugal conta com a disponibilidade do Banco Europeu de Investimento para financiar a alta velocidade, ainda que faça depender essa possibilidade do interesse dos consórcios que vierem a ganhar as concessões.

 

Quanto ao primeiro concurso lançado a 12 de janeiro, Miguel Cruz adianta que tem existido muito interesse e que, além de empresas portuguesas e espanholas, há também grupos de outras origens europeias a olhar para o projeto.

O concurso para a segunda PPP, diz, só será lançado no segundo semestre, quando as propostas para o primeiro procedimento já tiverem sido entregues.

Quanto ao futuro, o presidente da IP não tem dúvidas de que a rede de alta velocidade portuguesa deve crescer na ligação a Espanha.


Sobre o modelo escolhido de PPP, garante que é o mais adequado para os objetivos e para cumprir os prazos. 

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