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Metro de Lisboa volta hoje a parar na estação de Arroios
Depois de umas obras que se arrastaram desde 2017, o metropolitano de Lisboa volta esta terça-feira a ter em funcionamento a estação de Arroios. O investimento ficou em 6,67 milhões e permite agora comboios com seis carruagens.
A estação Arroios, na linha Verde do Metropolitano de Lisboa, reabriu ao público, depois de obras de remodelação que se arrastaram desde 2017. Está agora totalmente remodelada e com capacidade para receber comboios de seis carruagens. Para pessoas com mobilidade reduzida, passa a haver elevadores para o cais, garantindo-se assim a acessibilidade plena. O investimento total ascendeu a 6,67 milhões de euros, explica a empresa, em comunicado.
As obras na Estação de Arroios, que obrigaram os moradores e utilizadores da zona - uma das que tem mais moradores em Lisboa - a ter de escolher as estações dos Anjos ou da Alameda, arrastaram-se desde 2017, num processo que envolveu a falência da construtora inicialmente envolvida. Tiveram início em julho desse ano e previa-se a conclusão para o verão de 2019.
Contudo, em Janeiro de 2019, a empresa rescindiu o contrato com o empreiteiro, devido ao atraso dos trabalhos e lançou então um novo concurso, em Fevereiro do mesmo ano. Em setembro foi aprovada a nova adjudicação que em Dezembro obteve visto prévio do Tribunal de Contas e a necessária declaração de conformidade. No início de 2020 foram então retomados os trabalhos, sendo que, desta vez, a data de conclusão prevista foi cumprida.
A empreitada agora concluída incluiu a remodelação dos átrios, e a introdução de dois elevadores cais/átrio/cais e um elevador átrio/exterior/átrio. O projeto de arquitetura, de Paulo Brito da Silva, incluiu a reposição dos painéis de azulejos de Maria Keil nas paredes laterais dos átrios, reinterpretando-os nas zonas onde aumenta a área de parede revestidas, já que essas paredes passaram a ter dois pisos (cais e átrio).
A nível do cais, explica a empresa, foi integrado um painel de azulejos de Nikias Skapinakis, pintor português de ascendência grega. Denominado "Cortina Mirabolante", trata-se de um tríptico de cerâmica com cerca de 15 metros de comprimento, "é uma obra invulgar produzida através de uma técnica inovadora em que o azulejo é recortado nas suas mais diversas formas e tamanhos, e posteriormente colado, como se de um puzzle se tratasse", acrescenta o comunicado.