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João Leão insiste que TAP "tinha o dever" de informar Ministério das Finanças

O ex-ministro das Finanças insiste que cabia à administração da TAP informar o Ministério das Finanças sobre indemnização de 500 mil euros a Alexandra Reis. Comissão parlamentar de inquérito está esvaziada, considera João Leão.

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O ex-ministro das Finanças João Leão insiste que a administração da TAP "tinha o dever" de informar o Ministério das Finanças sobre a indemnização pela cessação de contrato de Alexandra Reis, mas que isso não aconteceu.

Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, no programa Conversa Capital, o agora vice-reitor do ISCTE afasta que tenha existido uma ocultação. "Na altura penso que a administração da TAP teria o dever de informar o acionista", afirmou.

"A IGF já considerou a forma da decisão ilegal. Se a decisão tivesse percorrido os caminhos legais naturalmente o Ministério das Finanças teria tomado conhecimento. E, para isso, a administração da TAP deveria ter informado o acionista Estado - através do Ministério das Finanças. Nesse sentido, devia-se ter conhecimento da vontade da TAP de substituir a sua administradora e das condições que estavam a ser propostas", frisou.

Questionado sobre se vê no facto de não ter sido informado dolo ou negligência, João Leão defendeu que "
a administração da TAP tem obrigação de avaliar as decisões que toma e a sua conformidade legal", acrescentando que "tem, com os seus serviços internos, de garantir que cada decisão que tomam respeita a legalidade". 


No entanto, João Leão considera que o ex-ministro das Infraestruturas não tinha que o informar. "O ministro das Infraestruturas reagiu com base na informação que a TAP lhe deu, a partir do princípio de que a TAP tinha avaliado a conformidade legal da decisão que estava a tomar. Admito eu", disse o ex-ministro.

Questionado sobre se Pedro Nuno Santos nunca lhe comunicou este facto, João Leão disse que "não comunicou mas nem teria de comunicar". "A questão da indemnização nunca foi comunicada. Sabia-se da intenção de mudar esta administradora. E na altura não se chegou a nenhuma decisão", acrescentou. 

 

Comissão de inquérito esvaziada

O ex-ministro das Finanças pronunciou-se ainda sobre a constituição da comissão parlamentar de inquérito sobre o caso. "Eu penso que dada a dimensão de perturbação na altura que gerou (...) era importante esclarecer". 

No entanto, considerou que, "de alguma forma o seu impacto foi um pouco esvaziado por tudo o que  aconteceu", entretanto, sobretudo o relatório de Inspeção-Geral de Finanças (IGF). 

"
Penso que se justificou mais há três meses do que talvez agora se justifique. Portanto agora não sei se vai acrescentar muito mais", disse.

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