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Governo quer lançar concurso para linha do metro entre Odivelas e Loures até junho

O ministro do Ambiente acredita que a linha violeta do Metro de Lisboa possa ficar pronta no 2º semestre de 2026, mesmo em cima do prazo final para a execução do PRR. Além de estar já atrasado seis meses, o projeto vai custar 390 milhões e não os 250 milhões iniciais.

António Cotrim / Lusa
24 de Fevereiro de 2023 às 18:33
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O ministro do Ambiente e da Ação Climática (MAAC), Duarte Cordeiro, anunciou esta sexta-feira que o Governo espera lançar ainda durante o primeiro semestre de 2023 o concurso para a contratação da empreitada e do material circulante para avançar com a construção da linha violeta do Metro de Lisboa, entre Odivelas e Loures. Isto se a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) emitir entretanto a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) necessária para o projeto avançar, depois de ter sido submetido o Estudo de Impacte Ambiental (EIA), já colocado em consulta pública.

"Não há para já a necessidade de um plano B para esta linha por causa da Declaração de Impacte Ambiental, que está a ser trabalhada", disse.

Na conferência de imprensa agendada para dar resposta às conclusões da Comissão de Avaliação do Plano de Recuperação e Resiliência, o governante reconheceu que este projeto conta neste momento com atraso de seis meses e uma derrapagem nas verbas necessárias de 250 milhões para 390 milhões de euros (devida a um "aumento dos custos materiais"), o que lhe valeu a pior classificação ("crítico") de entre os 22 programas do PRR que estão sob a alçada do MAAC.     

Apesar disso, Duarte Cordeiro acredita que a linha violeta do Metro de Lisboa possa ficar pronta no segundo semestre de 2026, mesmo em cima do prazo final para a execução do PRR. O ministro acrescentou ainda que o concurso a lançar até junho de 2023 será para a totalidade do projeto, "salvaguardando o financiamento que não está previsto no PRR" através do Orçamento do Estado, novos empréstimos do PRR ou mesmo linhas de empréstimos do Banco Europeu de Investimento disponíveis para este fim.

O MAAC admitiu ainda que possa ser contemplado um faseamento de projeto. "O Governo tem mantido todos os projetos e expectativa da sua concretização. E é essa a nossa perspetiva também para a linha violeta. Mas há sempre a possibilidade de metas intermédias, se os atrasos nos empurrarem para fora do PRR", explicou Duarte Cordeiro, sublinhando que o projeto da linha violeta acabou por se tornar mais ambicioso do que era inicialmente e por isso mais caro, com estações subterrâneas em vez de ser apenas um metro de superfície. 
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