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Governo garante que linha Violeta estará operacional em 2026

Algumas obras previstas no âmbito do projeto de metro ligeiro de superfície Loures-Odivelas, que vai exigir um investimento de 527 milhões de euros, vão estender-se para 2027 , mas o Executivo diz que "não comprometem a entrada em funcionamento do sistema".

Vítor Domingues dos Santos
Miguel Baltazar
27 de Novembro de 2023 às 14:50
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A futura linha Violeta do Metropolitano de Lisboa, que vai ligar Loures e Odivelas, será financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência até 2026, e pelo Orçamento do Estado (OE) nesse ano e no seguinte.

Na resolução do Conselho de Ministros que autoriza a empresa liderada por Vítor Domingues dos Santos (na foto) a uma despesa total de 527,3 milhões de euros para este projeto de metro ligeiro de superfície, o Governo assegura que as alterações que tiveram de ser introduzidas "não prejudicam que o sistema de transporte esteja operacional até ao final de 2026".

Ainda que, é referido, se estendam "para 2027 algumas obras complementares, relativas ao reordenamento urbano na envolvente à plataforma ferroviária, bem como trabalhos no parque de material e oficinas e nas estações subterrâneas, que não comprometem a entrada em funcionamento do sistema".


O projeto, que inicialmente tinha previsto um investimento de 250 milhões de euros, passou com a reprogramação do PRR a contar com 390 milhões de euros de financiamento através deste instrumentos, mas passou a exigir 137,3 milhões de euros de verbas do Orçamento do Estado.

O Governo explica, na resolução do Conselho de Ministros publicada esta segunda-feira, que, depois de terem sido feitos os estudos iniciais, "a verificação objetiva das condições físicas para implementação do projeto, bem como a necessária articulação com os municípios de Loures e Odivelas, determinaram a sua alteração substancial, designadamente a necessidade da inclusão da construção de viadutos e de 3,3 quilómetros de via em túnel".

Também as obras de reordenamento urbano de Loures e Odivelas, bem como os custos com expropriações, que numa fase inicial eram da responsabilidade dos municípios, passaram a estar incluídos neste projeto, diz.


E acrescenta ainda que "os custos unitários da energia e dos materiais necessários à construção deste projeto registaram aumentos muito significativos".


"Tendo em conta todas estas alterações de circunstâncias, foi necessário ajustar o prazo e o valor de investimento deste projeto", diz a resolução que autoriza a repartição de encargos entre 2022 e 2027.


Até 2026 o PRR financiará o projeto, que no próximo ano já exigirá mais de 87,6 milhões de euros.

Por seu lado, o Orçamento do Estado aportará 77,3 milhões em 2026 e 60 milhões em 2017, ainda que o diploma salvaguarde que este valor possa ser reduzido "caso seja obtido financiamento adicional ao presente investimento com origem no PRR".

A linha Violeta vai ter um total de 17 estações e cerca de 11,5 quilómetros de extensão.

No concelho de Loures serão criadas nove estações que servirão as freguesias de Loures, Santo António dos Cavaleiros e Frielas, numa extensão de cerca de 6,4 quilómetros.

Já no concelho de Odivelas serão instaladas oito estações que servirão as freguesias de Póvoa de Santo Adrião e Olival de Basto, Odivelas, Ramada e Caneças numa extensão total de cerca de 5,1 quilómetros.


As estações terão diferentes tipologias, sendo 12 de superfície, 3 subterrâneas e 2 em trincheira.

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