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Linha Violeta: Uma "velha aspiração" que representa "alteração profunda na mobilidade" na Área Metropolitana de Lisboa

O concurso público para o metro ligeiro de superfície entre Loures e Odivelas foi lançado esta sexta-feira. Linha Violeta terá um total de 17 estações e aproximadamente 11,5 quilómetros de extensão. Prevê-se que esteja em operação até ao final de 2026.

O Metro de Lisboa prevê que as receitas tarifárias sejam de 83,7 milhões este ano.
Miguel Baltazar
15 de Março de 2024 às 11:50
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Foi lançado, esta sexta-feira, o concurso público internacional para a construção do metro ligeiro de superfície entre Loures e Odivelas, uma "velha aspiração" das populações que "representa uma alteração profunda na mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa".

"O projeto que hoje colocamos em concurso internacional representa uma alteração profunda na mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa (...) que esperamos que se prolongue a curto prazo para outros concelhos da grande Lisboa", afirmou o presidente do conselho de administração do Metropolitano de Lisboa, Vítor Domingues dos Santos, no evento de abertura do concurso público para a construção do sistema de metro ligeiro de superfície que vai ligar Loures e Odivelas, que vai servir 174 mil habitantes e que se prevê que esteja operacional até ao final de 2026.

A nova linha, com uma extensão de aproximadamente 11,5 quilómetros, vai contar com um total de 17 estações (12 de superfície, três subterrâneas e duas em trincheira).

No concelho de Loures serão construídas nove estações que servirão as freguesias de Loures, Santo António dos Cavaleiros e Frielas, numa extensão de 6,4 km, enquanto no de Odivelas vão ser erguidas oito que servirão as freguesias de Póvoa de Santo Adrião e Olival de Basto, Odivelas, Ramada e Caneças numa extensão total de 5,1 km.

Falando de um "novo conceito de mobilidade", Vítor Domingues dos Santos falou de um projeto "desafiante", com "caraterísticas singulares", incluindo do ponto de vista técnico, que "materializa toda a energia e capacidade que as partes mobilizaram" para "servir uma área com elevada densidade populacional".

Esse processo foi desencadeado em 2020 e, esta sexta-feira, redundou na assinatura de um protocolo de colaboração entre o Metropolitano de Lisboa e as duas câmaras municipais em causa - Loures e Odivelas.

"É uma aspiração de muitos e muitos anos. Há muito tempo que a população aspirava este investimento",
salientou o autarca de Loures, Ricardo Leão, lembrando, aliás, que o concelho que lidera é "o dos que mais viaturas introduz em Lisboa". "É uma velha aspiração", frisou, destacando a "importante obra" e "o magnifico investimento" que representa a Linha Violenta.

Ricardo Leão reconheceu que "é um processo complexo", que "vai durar o seu tempo", mas mostrou-se "convicto" de que "a capacidade técnica" das três partes permitir ter "o metro o mais rapidamente possível", até porque se fala dele "desde o tempo de Afonso Henriques".

"Eis chegado um grande dia há muito desejado. É um dia
histórico para a zona norte da Área Metropolitana de Lisboa e em particular para os territórios de Odivelas e de Loures", realçou, por seu turno, o autarca de Odivelas, Hugo Martins, para quem "todos ganharão" com a Linha Violenta.

"Temos a certeza de que é um projeto transformador para a Área Metropolitana de Lisboa além do impacto evidente em Loures e Odivelas", afirmou o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado.

"É um projeto muito relevante, que não é simples e requer elevada capacidade técnica", reforçou o governante. "Apesar de todas as dificuldades que virão acreditamos todos que, ao fim do dia, o que estamos a fazer é contribuir para melhorar qualidade de vida das pessoas".

A Linha Violeta vai exigir um investimento total de 527,3 milhões de euros, dos quais 390 milhões serão financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), na modalidade de empréstimo, e 137,3 milhões de euros pelo Orçamento do Estado.

O investimento abrange a conceção e a construção da infraestrutura ferroviária, o fornecimento de material circulante e do sistema de sinalização, incluindo ainda a prestação de serviços de manutenção, quer da infraestrutura construída, quer do equipamento fornecido pelo prazo de três anos, assim como o reordenamento urbano envolvente no território dos dois municípios servidos (Loures e Odivelas).
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