"Não se trata de política social, mas sim de política comercial das empresas. Se a STCP quiser, pode avançar com medidas parecidas. Essas hão-de ser propostas dos seus gestores, que serão bem-vindas". Foi assim que o Ministro do Ambiente, Matos Fernandes, respondeu às perguntas do Público sobre o alargamento da decisão de Lisboa em dar descontos e isenções nos passes, depois da passagem da Carris para a esfera da Câmara da capital.

O governante salientou que não se trata de política social e sim "comercial das empresas". As transportadoras irão oferecer descontos de 45% aos passageiros na capital (e a CP nos percursos urbanos). As crianças até aos 12 anos passarão a viajar de graça.

Mas no Porto os desafios são diferentes dos de Lisboa. A STCP abrange seis municípios e, além disso, o Estado terá uma palavra a dizer na gestão da futura empresa que irá tomar conta da transportadora rodoviária da cidade, visto que terá que nomear um administrador financeiro para controlar todas as decisões que aumentem os prejuízos da empresa.

Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, recordou ainda que qualquer decisão no Porto envolve o Andante, no qual participam vários privados, que teriam que estar envolvidos na decisão.

A entrega da gestão da STCP aos municípios ainda não tem data para se concretizar.