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Governo anuncia “maior compra de comboios da história da CP” no valor de 819 milhões
O ministro Pedro Nuno Santos anunciou a aquisição de 117 automotoras, naquela que será a "maior compra de comboios da CP em toda a sua história” e que totaliza um investimento de 819 milhões de euros.
Em causa está a "aquisição de 117 automotoras elétricas", das quais 62 automotoras serão para serviço urbano: 34 unidades para a linha de Cascais e que visam substituir as atuais 29 unidades, "que têm mais de 50 anos"; 16 unidades para reforçar as restantes linhas da Área Metropolitana de Lisboa e 12 unidades para o reforço dos serviços urbanos do Porto"; 55 automotoras elétricas para o serviço regional de todas as linhas ferroviárias nacionais.
Com estas "novas 139 automotoras", o governante notou pretender-se assegurar "vários objetivos": substituir material obsoleto, com o ministro a dar como exemplo as composições em circulação na linha de Cascais, dar resposta à procura existente, isto apesar de se verificar atualmente, e por força da pandemia, "alguma redução de procura", e ainda dar "resposta a uma previsão da procura nos próximos anos". Em suma, o objetivo passa por "dar resposta às necessidades da população em matéria de mobilidade ferroviária".
Pedro Nuno Santos disse ainda que o concurso vai ser lançado "o mais depressa possível". "Julgo que conseguimos a adjudicação no final de 2022 e teremos sempre três anos e meio a quatro anos para ter o primeiro comboio a ser entregue", disse o ministro, acrescentando que começarão a rolar em 2026 e que, em 2029, estarão todos em circulação.
Prioridade ao "investimento e incorporação nacional"
O responsável pela ferrovia frisou ainda a intenção de aliar a estratégia de aquisição de material circulante a uma estratégia industrial, confirmando que o caderno de encargos do concurso tem como objetivo que "parte considerável dos comboios que vão ser produzidos tenham incorporação nacional" e privilegiem o "investimento".
O Conselho de Ministros autorizou ainda esta quinta-feira que seja criado o centro de competências ferroviário, localizado em Guifões, Matosinhos. Será fundado por operadores públicos - IP, CP e metros de Lisboa e Porto – integrando ainda a Universidade do Porto e a plataforma ferroviária, composta por dezenas de empresas que trabalham na área ferroviária.
Deste modo, Pedro Nuno Santos frisou que, com esta "aposta", o Executivo pretende "também tirar consequências para a indústria" nacional.
(Notícia atualizada)