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Lucro operacional da CP cai sem indemnizações compensatórias

Pela primeira vez, a CP não recebeu indemnizações compensatórias. Os resultados operacionais encolheram, por isso, em sete milhões de euros.

12 de Fevereiro de 2016 às 10:45
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A Comboios de Portugal (CP) registou uma quebra nos resultados operacionais. O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) encolheu em 7,1 milhões de euros, quebra explicada pelo facto de não ter recebido indemnizações compensatórias. Foi a primeira vez na sua história que não recebeu este pagamento do Estado. 

Mesmo sem receber mais de 18 milhões de euros em indemnizações compensatórias, o lucro operacional da CP manteve-se positivo nos 3,8 milhões de euros, de acordo com os divulgados esta sexta-feira, 12 de Fevereiro. A CP teve proveitos de tráfego na ordem dos 220 milhões de euros, um crescimento de 2,9%. Houve um aumento de 6,2 milhões de euros face a 2014, revela o comunicado da empresa liderada por Manuel Queiró.

Os gastos operacionais, por seu turno, foram reduzidos em 7% com destaque para as poupanças alcançadas na energia e na infra-estrutura.

Sobre estes resultados, Manuel Queiró considera que "reafirmam a qualidade da aposta na política comercial implementada e no envolvimento de toda a empresa numa nova dinâmica de soluções apresentadas ao mercado".

Para este ano, o presidente da transportadora ferroviária nacional perspectiva "a continuação do crescimento real de passageiros e proveitos, consolidando assim a trajetória de sustentabilidade que permitiu à empresa apresentar resultados operacionais positivos."

Recorde de passageiros no longo curso

A CP aumentou em 2% o número de passageiros transportados em 2015 para mais de 112 milhões. Este número aumentou em todos os serviços da CP, com destaque para os serviços de longo curso que cresceram 5% face a 2014. Isto permitiu ao Alfa e ao Intercidades registarem um número recorde de passageiros, ultrapassando os 5,5 milhões.

Nos comboios urbanos, este aumento foi de 2%, com 76 milhões de passageiros transportados em Lisboa e mais de 20 milhões transportados no Porto, Nos comboios regionais, o volume cresceu 1% para um total de 10,6 milhões de passageiros.

O aumento nos passageiros "decorre do crescimento dos títulos próprios", diz a CP, que tiveram um crescimento de 3,3%, o que "contribui para reafirmar a política comercial em curso na empresa". Já os títulos combinados mantiveram-se inalterados.
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