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Directora-geral da Uber no Reino Unido apresenta demissão

Jo Bertram garantiu que a decisão não está relacionada com o diferendo com a autoridade dos transportes, mas com uma nova oportunidade de trabalho.

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02 de Outubro de 2017 às 15:34
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A directora-geral da Uber no Reino Unido e Norte da Europa, Jo Bertram, apresentou a sua demissão do cargo, numa altura em que a empresa corre o risco de não conseguir renovar a sua licença para operar em Londres.

Segundo a Bloomberg, a Uber explicou que a decisão da directora-geral não está relacionada com a recente decisão da autoridade dos transportes de não renovar a licença da empresa na capital britânica, mas sim com uma nova oportunidade de trabalho noutra companhia.

A renúncia de Bertram é anunciada na véspera da reunião agendada em Londres entre o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, e os responsáveis da autoridade dos transportes, que será aproveitada pelo empresário para tentar negociar uma reversão da decisão do regulador. Esta foi justificada, na semana passada, pela Transport for London (TfL) com a conduta da Uber que "demonstra falta de responsabilidade empresarial numa série de factores que têm potenciais implicações na segurança pública".

Tom Elvidge, responsável pelas operações da Uber em Londres, vai assumir temporariamente a liderança do negócio em todo o Reino Unido até que a empresa encontre um substituto para Jo Betram.

"Embora gostasse de ter anunciado a minha saída noutras circunstâncias, estou orgulhosa da equipa que construímos aqui e estou muito confiante na sua capacidade de conduzir a empresa em direcção a um novo capítulo", afirmou Bertram num email interno citado pela Bloomberg.

Bertram anunciou ainda que vai continuar na empresa durante algumas semanas, para preparar a transição. "Surgiu uma nova oportunidade muito excitante que me permitirá aplicar o que aprendi aqui. Poderei partilhar mais detalhes brevemente", concluiu. 

A licença da Uber para operar em Londres terminou no final do mês passado, mas como a empresa interpôs recursos vai poder continuar em funcionamento na capital britânica até que esses recursos estejam esgotados.

Em entrevista à BBC, a primeira-ministra Theresa May defendeu que a reacção das autoridades foi "desproporcionada" e chamou à atenção para o número de empregados que a empresa tem em Londres.

"Sim há preocupações ao nível da segurança e questões que a Uber tem de abordar, mas o que quero ver é um nível de condições de igualdade entre as empresas privadas e os nossos maravilhosos táxis de Londres, os nossos 'black cab', a nossa grande instituição nacional", afirmou a primeira-ministra, citada pela Reuters. "Quero ver um nível de condições equitativas. Acho que uma proibição total é desproporcionada", acrescentou.

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