A Uber está disponível para proceder a algumas alterações na sua operação se isso significar que lhe será concedida uma licença para operar em Londres. No final da semana passada, as autoridades londrinas anunciaram que não pretendiam renovar a licença que permite à empresa de transporte de pessoas operar na capital britânica.
A licença actual termina já no final deste mês, embora a empresa possa continuar a operar enquanto os recursos - que a Uber anunciou que ia apresentar logo na sexta-feira - não forem esgotados. A Transport for London (TfL), num comunicado, citado pela imprensa britânica, justifica esta decisão com a conduta da empresa que "demonstra falta de responsabilidade empresarial". A TfL falou mesmo da forma como a companhia aborda delitos graves e como analisam os antecedentes dos condutores.
No início deste ano, escreve esta manhã a Reuters, a polícia de Londres revelou publicamente que a Uber, ou não apresentava queixas de crimes graves, incluindo agressões sexuais, ou demorava muito tempo para o fazer, o que coloca em risco a população.
Em declarações ao jornal britânico Sunday Times, publicadas este domingo e citadas pela BBC, Tom Elvidge, líder da empresa na capital do Reino Unido, adiantou que "apesar de não lhe ter sido pedido nenhuma mudança, gostaria de saber o que podem fazer" de forma a poderem obter a licença. "Isso exige diálogo que, infelizmente, não fomos capazes de realizar", acrescentou.
Fontes da BBC, adiantaram que a empresa fundada por Travis Kalanick tem estado a pedir um encontro com o mayor de Londres, Sadiq Khan, desde que este foi eleito em Maio do ano passado. Contudo, esses pedidos têm sido rejeitados.
Muitos londrinos não terão ficado satisfeitos com esta decisão que pode determinação o fim da possibilidade de andar de Uber em Londres. Este domingo, mais de meio milhão de pessoas tinha já assinado petição que apela à manutenção da operação na capital britânica.
A Uber tem mais de 3,5 milhões de clientes em Londres e cerca de 40 mil condutores.