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CP terá transportado 172,6 milhões de passageiros em 2023, mais 16,5% do que em 2022
A operadora ferroviária garante que a sua frota em circulação aumentou nos últimos anos, que apenas 2,5% das supressões estão relacionadas com avarias no material circulante e que a maioria dos atrasos se deve às obras de modernização nas vias-férreas.
A CP estima ter transportado 172,6 milhões de passageiros no ano passado, mais 24,4 milhões (16,5%) do que em 2022, quando atingiu o maior número dos últimos 20 anos.
Em comunicado divulgado esta segunda-feira, a operadora ferroviária contesta notícias que questionaram a qualidade do serviço prestado, a diminuição no número de comboios em circulação e o aumento nos atrasos.
"Contrariamente às informações que têm circulado, a CP tem, de facto, aumentado o número de comboios em circulação", afirma a empresa, dando nota que em 2019 a frota ativa era composta por 375 unidades e que esse número tem vindo a crescer consistentemente ao longo dos anos.
Segundo diz, em 2020 registou-se um incremento para 392 unidades, em 2021 para 412 unidades, e em 2022 para um total de 430.
"Até ao final do terceiro trimestre de 2023, a frota ativa da CP compreende 244 automotoras, 44 locomotivas e 154 carruagens, ou seja, mais 67 unidades do que em 2019, representando um aumento de 18%", afirma, sublinhando que "este crescimento refuta claramente a noção de que há uma redução no número de comboios em circulação".
Na mesma nota, a CP salienta que também o número de passageiros tem vindo a subir.
Em 2019, refere, transportou 144,8 milhões de passageiros e "prevê-se que, apesar das greves e outros constrangimentos, o ano de 2023 tenha números significativamente superiores em alguns milhões de passageiros" aos 148,2 milhões registados em 2022, estimando ter chegado aos 172,6 milhões.
"Estes marcos só foram possíveis devido ao aumento e à eficiente gestão da frota", frisa.
No comunicado, a CP diz que "é verdade que, nos últimos anos, registaram-se algumas alterações nos índices de pontualidade e regularidade", mas sublinha que "a maioria destas questões deve-se a causas externas à operação dos comboios".
Em 2023, por exemplo, "90,4% das supressões deveram-se a greves, enquanto as restantes resultaram de acidentes, incidentes com passageiros e intempéries" e "apenas 2,5% estão relacionadas com avarias no material circulante".
Quanto aos atrasos, a operadora garante que "a grande maioria é consequência de obras de modernização nas vias-férreas, a cargo do gestor da infraestrutura que, apesar de temporariamente impactantes, são essenciais para a melhoria contínua da rede ferroviária".
"Com isto, não pretendemos desculpar-nos, mas sim clarificar a situação atual. Reconhecemos que ainda há desafios a serem superados e aspiramos a um serviço ainda mais eficiente. Contudo, é essencial reconhecer a dedicação e o esforço diários de cada trabalhador da CP, que juntos garantem a operação de cerca de 1350 comboios diariamente", sublinha ainda.