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CP supreendida com intenção de travar compra de comboios de alta velocidade

O Governo disse que não serão comprados tantos comboios com a CP queria. Administração da CP mostra-se surpreendida.

O segundo concurso para o projeto da alta velocidade, no troço Oiã-Soure, deve ser lançado neste terceiro trimestre.
Miguel Baltazar
08 de Agosto de 2024 às 09:30
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A administração da CP, que contava com a compra de 14 comboios para a linha de alta velocidade entre Lisboa e o Porto, está surpreendida com as declarações do Governo que indicam que a encomenda será encurtada, segundo escreve o Público esta quinta-feira.

O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, considerou, no Parlamento, que "não é saudável para o mercado investir tanto em comboios". Isto porque, nas contas do ministro a operadora pública ficaria com "com 80% do mercado". O Governo é "contrário à existência de monopólios", disse, a 24 de julho, no Parlamento.

A espanhola Renfe assim e a B-Rail, do grupo Barraqueiro, já se mostraram interessadas em ser operadores de alta velocidade.

A entrada dos comboios seria faseada mas o objetivo era ter ligações de alta velocidade de meia em meia hora entre Lisboa e o Porto, entre as seis da manhã e as onze da noite.

O jornal diz que o investimento é de 715 milhões de euros, com os primeiros comboios a custarem cerca de 455 milhões de euros. 

Uma análise feita pela consultora KPMG, citada em abril pelo Negócios, mostrou que o cenário de operação reduzida, com 12 comboios, pode maximizar a taxa de ocupação, mas pode por outro lado "atrair o interesse de outros operadores (como em Espanha) de forma a servirem a procura adicional".

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