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Com Suez “entupido”, empresas de transporte marítimo já estudam rota por África

As maiores empresas de transporte do mundo estão a equacionar rotas alternativas, através do Cabo da Boa Esperança, para contornar o bloqueio no Canal do Suez. Os especialistas alertam que a crise poderá durar semanas.

25 de Março de 2021 às 17:53
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Com o Canal do Suez "entupido" depois de um navio de contentores ter encalhado, as grandes empresas de transporte marítimo estão já a equacionar alternativas, sendo que uma delas passa por desviar as embarcações para a rota que contorna o continente africano.

A hipótese foi admitida pela AP Moller-Maersk, que em comunicado citado pela Bloomberg diz que uma das hipóteses passa por alterar a rota dos navios para que estes contornem o Cabo da Boa Esperança.

 

"Em relação às possíveis alternativas, estamos a analisar todas elas, incluindo o Cabo da Boa Esperança, mas também muitas outras, por exemplo, soluções aéreas para cargas críticas e urgentes", disse a Maersk num comunicado. "Ainda não foi tomada nenhuma decisão concreta. Vai depender de quanto tempo o Canal de Suez permanecer intransitável".

 

Numa newsletter, a Hapag-Lloyd informou estar a monitorizar a situação e a acompanhar de perto as implicações nos seus serviços. "Neste momento, estamos a considerar possíveis desvios de embarcações em redor do Cabo da Boa Esperança".

 

O resgate do navio Ever Given, que tem cerca de 400 metros de comprimento e mais de 200 mil toneladas, está a ser feito por uma equipa de elite que está a encontrar sérias dificuldades para desbloquear o canal que liga o Mar Vermelho ao Mediterrâneo e que assume particular importância no transporte de mercadoria entre a Ásia e a Europa. 

 

Segundo a Bloomberg, desviar as embarcações para o Cabo da Boa Esperança na África do Sul acrescentaria quase 10 mil quilómetros e qualquer coisa como 300 mil dólares em custos de combustível para um navio que transporta petróleo do Médio Oriente para a Europa.

 

Até agora, os rebocadores ainda não conseguiram mover o navio, e alguns especialistas dizem que a crise pode arrastar-se por vários dias e até semanas. A Autoridade do Canal de Suez suspendeu temporariamente o tráfego.

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