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Bloco, PCP e Livre podem travar venda da TAP no Parlamento

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, já veio dizer: "Não sei se [a venda da TAP] vai avançar ou não. Têm de ter uma maioria para a aprovar", acrescentando que a AD "não" pode contar com o PS. Bloco de Esquerda, PCP e Livre, que somam 13 deputados, estão disponíveis para um entendimento que obrigue a "chamar" o decreto-lei à Assembleia da República.

A Air France garantiu que continua interessada na compra da TAP. A IAG está a aguardar desenvolvimentos e a Lufthansa em silêncio.
Miguel Baltazar
Negócios jng@negocios.pt 10 de Abril de 2024 às 09:40
A intenção do novo primeiro-ministro, Luís Montenegro, em privatizar a TAP e vender 100% do capital da companhia aérea pode ser travada no Parlamento, com os partidos de esquerda Bloco de Esquerda, PCP e Livre a garantirem que irão recorrerr ao mecanismo disponível de pedir uma apreciação do futuro decreto-lei para o tentar impedir de avançar, noticia o ECO esta quarta-feira. 

No passado, o Governo socialista de António Costa tentou também vender a TAP mas o decreto-lei acabou por ser vetado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que pediu mais garantias sobre a influência do Estado na empresa.

O processo parou com a queda do Governo, mas agora Luís Montenegro quer retomar o processo. 

No entanto, o secretário-geral do PS disse em entrevista à CNN: "Não sei se vai avançar ou não. Têm de ter uma maioria para a aprovar", acrescentando que a AD "não" pode contar com o PS. Ainda assim, Pedro Nuno Santos diz que primeiro terá de ver o diploma do Governo: "Não há nenhum decreto, não conhecemos nenhuma proposta concreta, temos de esperar para ver e decidir". Certo é que Pedro Nuno Santos tem defendido que o Estado "deve abrir o capital a grupos privados, mas não deve abdicar da maioria".

Caso o PS não avance, Bloco de Esquerda, PCP e Livre, que somam 13 deputados, estão disponíveis para um entendimento que obrigue a "chamar" o decreto-lei à Assembleia da República. À direira, a Iniciativa Liberal também quer a venda a 100%, mas o Chega defende que "o Estado deverá procurar manter na TAP uma participação que lhe permita ter assento no conselho de administração".
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