O Banco de Portugal já foi notificado da decisão judicial que impede o funcionamento da Uber em Portugal e difundiu a informação a todo o sistema bancário nacional. Desse modo, proceder-se-á ao bloqueio dos pagamentos. A notícia foi confirmada pela organização aos jornais digitais Observador e Sapo TeK.

"O Banco de Portugal confirma que foi notificado pelo Tribunal e, usando os mecanismos habituais, difundiu pelo sistema bancário a decisão do Tribunal de Lisboa", referiu fonte oficial do regulador ao Negócios.

Tal como se pode ser lido na decisão judicial, estava prevista a "notificação de todos os operadores bancárias e entidades pagadoras, por meios electrónicos" para que suspendessem "todas as operações de registo e de pagamento, mediante cartão de pagamento ou outro meio similar usado habitualmente pela Uber".

Esta segunda-feira, 1 de Junho, as operadoras de telecomunicações confirmaram que foram notificadas para bloquear o acesso ao site da Uber. Ainda assim, e independentemente da rede em causa, continuava a ser possível solicitar o serviço de transporte em automóvel da Uber através da aplicação móvel.

Nessa altura, a tecnológica informou que o bloqueio do site não estava a afectar a capacidade de prestar o serviço em Lisboa e no Porto. Uma vez que o pagamento do serviço assenta, em exclusivo, nos pagamentos electrónicos, tal cenário poderá deixar de se confirmar. Até ao momento, a aplicação está a afirmar dentro do que é hábito.

No dia seguinte, 2 de Junho, foi entregue na Assembleia da República uma petição a favor da Uber, com mais de 10 mil assinaturas e o objectivo de incentivar a discussão sobre o assunto.

A 28 de Abril, um tribunal de Lisboa decidiu bloquear a actividade da empresa em Portugal, na sequência de uma acção movida pela ANTRAL (Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros), que representa os taxistas nacionais.

"A Uber mantém-se totalmente empenhada em proporcionar uma alternativa de mobilidade urbana segura, fiável e conveniente às cidades portuguesas e, por isso, esperamos uma decisão judicial tão brevemente quanto possível de forma a servir os seus parceiros e utilizadores em Portugal da melhor forma", reagiu a companhia.

(Notícia actualizada às 15:35 com mais informação)