Notícia
Antram defende aumento dos preços pagos pelos transportadores em Leixões
"Tem de haver o aumento do preço dos transportes por parte dos transportadores", disse hoje à Lusa o porta-voz da Antram, André Matias de Almeida.
22 de Fevereiro de 2023 às 14:56
A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) defendeu esta quarta-feira, face à paralisação de camionistas no porto de Leixões, que o preço a pagar pelo transporte deve aumentar.
"Tem de haver o aumento do preço dos transportes por parte dos transportadores", disse hoje à Lusa o porta-voz da Antram, André Matias de Almeida.
Em causa está uma paralisação de operadores rodoviários no porto de Leixões, que durará até ao final da semana, após não terem chegado a acordo com a administração portuária e restantes agentes do setor quanto a preços e compensações financeiras devido aos tempos de espera no porto.
De acordo com o responsável das transportadoras de mercadorias, "os transportes do porto de Leixões estão assumidos por algumas associações que representam alguns dos maiores operadores do mundo" e o preço que pagam "é, efetivamente, baixo e abaixo da média europeia, para o serviço que é prestado".
"Nós não podemos continuar com um serviço do norte da Europa e preços do norte de África. É o que acontece, hoje, no porto de Leixões", vincou o porta-voz da Antram.
Além da questão do preço, André Matias de Almeida referiu que "é preciso aumentar a produtividade" e também "que transitários, clientes, transportadores e porto de Leixões tenham a noção de que o porto, hoje, funciona mal".
O porta-voz da Antram mencionou, à Lusa, as questões relacionadas com a elevada afluência de camiões ao porto de Leixões durante certas alturas do dia, defendendo "uma logística controlada entre todos os operadores para que isto funcione de uma forma contínua e que possa não sobrecarregar o porto".
Hoje, em declarações à Lusa, Cláudia Soutinho, a vogal da administração da APDL que lidera interinamente a administração portuária, disse que o "porto de Leixões é o porto mais eficiente do país".
A administradora disse que há "picos de intensidade diários" em Leixões, especialmente do final da manhã até às 16:00, estando a administração portuária a ponderar "janelas em que só possam entrar 'x' camiões e em que tenha de haver planeamento para eles virem nessa hora, de acordo com uma inscrição prévia".
"Temos tentado, a todo o custo, achatar essa curva desse momento de grande afluência, mas, mais uma vez, isso não é um problema do porto de Leixões, é um problema da hora a que eles decidem vir", explicou.
Na sexta-feira, fonte oficial da APDL tinha adiantado à Lusa que os tempos de espera "estão a aproximar-se paulatinamente dos normais", estando em causa a implementação de um novo sistema operativo de terminais Navis4, que, segundo a APDL, é "o mais utilizado em todo o mundo" e "prevê um aumento da eficiência que vai acontecer em breve".
No entanto, para André Matias de Almeida, resolver apenas a questão transitória do novo sistema operativo é estar "a olhar para uma árvore e não para a floresta, que é aquilo que se devia fazer", defendendo "aproveitar esta discussão para se ter uma discussão de base e estrutural".
Cláudia Soutinho também defendeu hoje, em declarações à Lusa, que o aumento dos preços dos transportadores "tem mesmo que acontecer", pois "trabalham com preços francamente abaixo, por exemplo, de Lisboa", estando em causa os "agentes de navegação e dos transitários, que é quem contrata os transportadores para virem ao porto buscar a mercadoria".
"Tem de haver o aumento do preço dos transportes por parte dos transportadores", disse hoje à Lusa o porta-voz da Antram, André Matias de Almeida.
De acordo com o responsável das transportadoras de mercadorias, "os transportes do porto de Leixões estão assumidos por algumas associações que representam alguns dos maiores operadores do mundo" e o preço que pagam "é, efetivamente, baixo e abaixo da média europeia, para o serviço que é prestado".
"Nós não podemos continuar com um serviço do norte da Europa e preços do norte de África. É o que acontece, hoje, no porto de Leixões", vincou o porta-voz da Antram.
Além da questão do preço, André Matias de Almeida referiu que "é preciso aumentar a produtividade" e também "que transitários, clientes, transportadores e porto de Leixões tenham a noção de que o porto, hoje, funciona mal".
O porta-voz da Antram mencionou, à Lusa, as questões relacionadas com a elevada afluência de camiões ao porto de Leixões durante certas alturas do dia, defendendo "uma logística controlada entre todos os operadores para que isto funcione de uma forma contínua e que possa não sobrecarregar o porto".
Hoje, em declarações à Lusa, Cláudia Soutinho, a vogal da administração da APDL que lidera interinamente a administração portuária, disse que o "porto de Leixões é o porto mais eficiente do país".
A administradora disse que há "picos de intensidade diários" em Leixões, especialmente do final da manhã até às 16:00, estando a administração portuária a ponderar "janelas em que só possam entrar 'x' camiões e em que tenha de haver planeamento para eles virem nessa hora, de acordo com uma inscrição prévia".
"Temos tentado, a todo o custo, achatar essa curva desse momento de grande afluência, mas, mais uma vez, isso não é um problema do porto de Leixões, é um problema da hora a que eles decidem vir", explicou.
Na sexta-feira, fonte oficial da APDL tinha adiantado à Lusa que os tempos de espera "estão a aproximar-se paulatinamente dos normais", estando em causa a implementação de um novo sistema operativo de terminais Navis4, que, segundo a APDL, é "o mais utilizado em todo o mundo" e "prevê um aumento da eficiência que vai acontecer em breve".
No entanto, para André Matias de Almeida, resolver apenas a questão transitória do novo sistema operativo é estar "a olhar para uma árvore e não para a floresta, que é aquilo que se devia fazer", defendendo "aproveitar esta discussão para se ter uma discussão de base e estrutural".
Cláudia Soutinho também defendeu hoje, em declarações à Lusa, que o aumento dos preços dos transportadores "tem mesmo que acontecer", pois "trabalham com preços francamente abaixo, por exemplo, de Lisboa", estando em causa os "agentes de navegação e dos transitários, que é quem contrata os transportadores para virem ao porto buscar a mercadoria".