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António Costa: "Portugal pode ser localização para quem não quer deixar a União Europeia"

O primeiro-ministro sublinhou na assinatura do memorando de entendimento entre o Estado e a ANA que o pais está perto de Londres e no mesmo fuso horário, podendo aproveitar as oportunidades abertas pelo Brexit.

Bruno Simão/Negócios
15 de Fevereiro de 2017 às 17:59
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O primeiro-ministro, António Costa, salientou esta quarta-feira, 15 de Fevereiro, na assinatura do memorando de entendimento entre o Estado e a ANA para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa que a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) "coloca desafios, mas coloca também Portugal como país que pode ser excelente localização para muitas actividades económicas que não queiram deixar a UE".

Em seu entender, no processo do Brexit Portugal pode ser uma escolha "o mais perto possível de Londres e com o mesmo fuso horário".

Num discurso em que começou por elogiar a redução do défice e o ministro das Finanças, Mário Centeno, o primeiro-ministro realçou o aumento do número de turistas (mais 10%) e dos proveitos dos operadores turísticos (17%) no ano passado, sublinhando mesmo que dois terços do crescimento do turismo foi na época baixa.

Para António Costa, "há um enorme potencial de crescimento", designadamente no âmbito de congressos, de turismo cultural e ambiental.

"Para que o crescimento exista, é essencial que país tenha infra-estruturas necessárias para que actividade possa crescer", afirmou António Costa, para quem Lisboa pode ser um hub para outros destinos e rotas.

Frisando o potencial que identificou nas viagens que realizou à China e à Índia, o primeiro-ministro frisou que o "crescimento para Oriente deve ser ambição que devemos ter".

"Já consumi milhares de horas da minha vida a ler estudos dizendo uma coisa e o seu contrário", afirmou o responsável, realçando que "o país já estudou o que havia a estudar" e que o tempo agora é de decisão.

A solução de utilizar o Montijo como aeroporto complementar ao Humberto Delgado é, sublinhou, a solução "compatível com as condições económicas e financeiras do país" a aquela que apresenta "melhor viabilidade", permitindo a compatibilização civil e militar.

Para António Costa, o aeroporto é o "instrumento fundamental da capacidade de internacionalização da economia".


O Estado e a ANA assinaram esta quarta-feira um memorando de entendimento no âmbito do qual a concessionária terá de apresentar ao Governo no prazo de seis meses uma proposta para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa.

O memorando estabelece um calendário para a implementação da solução, que o Governo estima que possa estar operacional em 2021.

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