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"A minha aspiração é tornar a EMEL a empresa mais amada de Lisboa"
A empresa de estacionamento de Lisboa recebe 70 a 80 mil reclamações por ano, número que o seu presidente considera significativo. Luís Natal Marques discorda que seja necessária mais tolerância dos fiscais.
O presidente da EMEL considera que é "significativo" o número de reclamações que a empresa que gere o estacionamento em Lisboa - considerada uma "hate brand" - recebe anualmente, acima das 70 a 80 mil. E garante que tudo está a fazer para as reduzir ao mínimo possível.
Em entrevista ao Negócios e Antena 1, Luís Filipe Natal Marques afirma que a sua grande aspiração "é tornar a EMEL a empresa mais amada" da cidade, explicando que acomodar os 200 mil veículos dos moradores com os 370 mil que entram diariamente na cidade é "uma geometria difícil".
Ainda assim, não concorda que deva haver qualquer tipo de tolerância no momento de passar a multa, lembrando que os fiscais da EMEL são agentes da autoridade que têm de cumprir lei.
Aliás nem vê necessidade de alterar a lei para permitir que haja essa tolerância. "Não podemos dizer que quando alguém estaciona e paga uma hora tem direito a duas. Tem de haver sempre um ponto em que o cumprimento é verificado", afirma.
Até 31 de Outubro último, a EMEL bloqueou 51 mil viaturas e registou 311 mil infracções. Foram passadas 249 mil multas e 62.500 avisos.
Luís Natal Marques salienta que as contra-ordenações pesam apenas 5% a 6% nas receitas da empresa, as quais irão chegar a 40 milhões este ano, mais cinco milhões do que em 2017.