Notícia
Governo quer acionar "mecanismo legal" para desconvocar greve
O Ministério das Infraestruturas propôs esta segunda-feira aos sindicatos representativos dos motoristas a possibilidade de ser desencadeado "um mecanismo legal de mediação", que obriga patrões e sindicatos a negociar e que permite que a greve seja desconvocada.
05 de Agosto de 2019 às 22:45
O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e o Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) estiveram na tarde de hoje reunidos, em Lisboa, com o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.
"O Governo propôs hoje aos sindicatos o desencadear de um mecanismo legal de mediação previsto no Código do Trabalho, no âmbito do qual as partes são chamadas a negociar e, caso não haja acordo, o próprio Governo, através da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, apresentará uma proposta de convenção coletiva de trabalho, nos termos da lei", indicou, em comunicado, o Ministério das Infraestruturas e da Habitação.
De acordo com o Executivo, este mecanismo, caso seja aceite pelos sindicatos, vai permitir que "a greve seja desconvocada e que as partes retomem o diálogo e a negociação num novo enquadramento legal".
No mesmo documento, o Ministério tutelado por Pedro Nuno Santos lembrou ainda que a paralisação dos motoristas, cujo início está previsto para a próxima segunda-feira, dia 12, e que decorrerá por tempo indeterminado, é "gravemente prejudicial para a população", bem como para a economia.
"Os sindicatos sempre disseram que não queriam a greve e a ANTRAM [Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias] sempre afirmou que estava disposta a negociar sem pré-aviso de greve", vincou.
À saída do encontro de hoje com o Governo, o assessor jurídico do SNMMP, Pedro Pardal Henriques, garantiu aos jornalistas que a greve vai manter-se até a ANTRAM apresentar "uma contraproposta" que, a concretizar-se, será votada no sábado, em plenário.
"Estamos sempre disponíveis para desconvocar esta greve, só não estamos quando não há vontade da outra parte [ANTRAM]", sublinhou o antigo vice-presidente do SNMMP. De acordo com este responsável sindical, na reunião de hoje foram apresentadas ao Governo as condições das quais os motoristas não abdicam para que seja desconvocada a greve.
"O senhor ministro ficou hoje com um conhecimento muito mais profundo do que estava em cima da mesa e mostrou grande abertura e compreensão por aquilo que os motoristas estão a reclamar", notou o responsável do SNMMP.
Já relativamente às "linhas vermelhas" definidas pelos motoristas, Pedro Pardal Henriques escusou-se a avançar detalhes.
Posição semelhante foi defendida pelo representante do SIMM, Anacleto Rodrigues, salientando que só os trabalhadores é que podem aprovar uma contraproposta dos patrões. "Vamos ver se se regista alguma abertura por parte da ANTRAM e, depois, vamos esclarecer os nossos associados e eles é que vão votar", afirmou.
O SNMMP e o SIMM já tinham estado esta manhã no Ministério das Infraestruturas e da Habitação.
Paralelamente, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) e a ANTRAM tinham agendada, também para hoje à tarde, uma reunião no Ministério das Infraestruturas que, posteriormente, foi reagendada para terça-feira.
A greve convocada pelo SNMMP e pelo SIMM ameaça o abastecimento de combustíveis e de outras mercadorias. O Governo terá de fixar os serviços mínimos para a greve, depois de as propostas dos sindicatos e da ANTRAM terem divergido entre os 25% e os 70%, bem como sobre se incluem trabalho suplementar e operações de cargas e descargas.
"O Governo propôs hoje aos sindicatos o desencadear de um mecanismo legal de mediação previsto no Código do Trabalho, no âmbito do qual as partes são chamadas a negociar e, caso não haja acordo, o próprio Governo, através da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, apresentará uma proposta de convenção coletiva de trabalho, nos termos da lei", indicou, em comunicado, o Ministério das Infraestruturas e da Habitação.
No mesmo documento, o Ministério tutelado por Pedro Nuno Santos lembrou ainda que a paralisação dos motoristas, cujo início está previsto para a próxima segunda-feira, dia 12, e que decorrerá por tempo indeterminado, é "gravemente prejudicial para a população", bem como para a economia.
"Os sindicatos sempre disseram que não queriam a greve e a ANTRAM [Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias] sempre afirmou que estava disposta a negociar sem pré-aviso de greve", vincou.
À saída do encontro de hoje com o Governo, o assessor jurídico do SNMMP, Pedro Pardal Henriques, garantiu aos jornalistas que a greve vai manter-se até a ANTRAM apresentar "uma contraproposta" que, a concretizar-se, será votada no sábado, em plenário.
"Estamos sempre disponíveis para desconvocar esta greve, só não estamos quando não há vontade da outra parte [ANTRAM]", sublinhou o antigo vice-presidente do SNMMP. De acordo com este responsável sindical, na reunião de hoje foram apresentadas ao Governo as condições das quais os motoristas não abdicam para que seja desconvocada a greve.
"O senhor ministro ficou hoje com um conhecimento muito mais profundo do que estava em cima da mesa e mostrou grande abertura e compreensão por aquilo que os motoristas estão a reclamar", notou o responsável do SNMMP.
Já relativamente às "linhas vermelhas" definidas pelos motoristas, Pedro Pardal Henriques escusou-se a avançar detalhes.
Posição semelhante foi defendida pelo representante do SIMM, Anacleto Rodrigues, salientando que só os trabalhadores é que podem aprovar uma contraproposta dos patrões. "Vamos ver se se regista alguma abertura por parte da ANTRAM e, depois, vamos esclarecer os nossos associados e eles é que vão votar", afirmou.
O SNMMP e o SIMM já tinham estado esta manhã no Ministério das Infraestruturas e da Habitação.
Paralelamente, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) e a ANTRAM tinham agendada, também para hoje à tarde, uma reunião no Ministério das Infraestruturas que, posteriormente, foi reagendada para terça-feira.
A greve convocada pelo SNMMP e pelo SIMM ameaça o abastecimento de combustíveis e de outras mercadorias. O Governo terá de fixar os serviços mínimos para a greve, depois de as propostas dos sindicatos e da ANTRAM terem divergido entre os 25% e os 70%, bem como sobre se incluem trabalho suplementar e operações de cargas e descargas.