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Tripulantes da TAP avançam com greve se descanso não for melhorado nas novas rotas dos EUA

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) vai avançar para a greve caso a TAP não altere as condições de descanso dos tripulantes nas rotas de Boston e Nova Iorque, operadas pelos aviões cedidos pela Azul.

Bruno Simão/Negócios
07 de Junho de 2016 às 18:06
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No final da assembleia-geral, que decorreu esta terça-feira em Lisboa, o vice-presidente do SNPVAC, Nuno Fonseca, disse à Lusa que a via negocial se mantém aberta, mas o sindicato está mandatado para emitir um pré-aviso de greve se a TAP não aceitar melhorar as compensações face à qualidade do descanso nos novos aviões, que vão servir o mercado norte-americano.

 

Em cima da mesa está um período de descanso adicional para os tripulantes destes voos, sobretudo no destino, uma vez que "durante o voo não estão asseguradas condições de descanso, que tem muita importância".

 

Em declarações à Lusa, Nuno Fonseca adiantou que as decisões dos associados vão ser comunicadas à TAP ainda hoje e caso a administração mantenha a proposta apresentada na segunda-feira, o pré-aviso de greve avançará, o que poderá afectar a operação das novas rotas para os EUA, que começam a operar no próximo sábado, 11 de Junho (Boston), e a 1 de Julho (Nova Iorque).

 

Segundo o dirigente sindical, os dois Airbus A330 provenientes da Azul - Linhas Aéreas, propriedade do novo accionista da TAP, David Neeleman, têm quatro cadeiras para descanso dos nove tripulantes que asseguram estes voos e que, por norma, se dividem em dois grupos, faltando lugar para um dos elementos poder descansar.

 

Acresce que as cadeiras destinadas aos tripulantes nestes aviões estão separadas dos passageiros por uma cortina e não permitem o descanso horizontal a que têm direito.

 

Uma vez que a TAP não se mostrou disponível para alterar as especificidades técnicas dos aviões, o sindicato reclama mais tempo de descanso do que o praticado: "Não havendo o que está definido pelo acordo de empresa, por uma falha clara da empresa, achamos que tem que haver uma compensação".

 

"Assim que soubemos que vinham os aviões da Azul, que foram apresentados como uma óptima oportunidade de negócio, começámos a alertar para o facto de não cumprirem as especificidades técnicas do acordo vigente desde 2006", explicou à Lusa o vice-presidente do SNPVAC.

 

Contactada pela Lusa, a TAP não quis fazer comentários, uma vez que está em negociações com o SNPVAC.

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