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Transportadoras pressionam donos da ANA a não aumentar taxas

Quase dois meses depois do Governo publicar o novo contrato de concessão da ANA, as principais companhias aéreas que operam nos aeroportos nacionais vêem mostrar a sua preocupação relativamente às novas regras.

Ana Torres Pereira atp@negocios.pt 05 de Fevereiro de 2013 às 00:01

As transportadoras membros da RENA ameaçam deixar de operar nos aeroportos caso os novos donos da ANA aumentem as taxas e as rendas. A RENA já solicitou uma audiência à administração da ANA e ao ministro da Economia.

 

A associação liderada por Paulo Geisler, em representação da Lufthansa, recorda que "desde logo, a RENA criticou a forma como decorreu o processo, lembrando as consequências que poderá trazer para o sector". A RENA diz ter sido colocada "à margem de todo este processo, ao contrário do que sucedeu em 2009", quando foi criado o novo modelo de regulação do sector aeroportuário.

 

Os membros da RENA estão preocupados com o aumento das taxas e das rendas, e alguns membros da associação "equacionam mesmo abandonar ou reduzir os espaços nos principais aeroportos portugueses".

 

A associação acrescenta: "a redução ou encerramento de rotas será uma consequência natural desta política de preços completamente descabida e inadequada a situação do mercado e do País". A associação considera que este novo modelo "sacrifica totalmente a posição dos operadores actuais e futuros em detrimento dos interesses do concessionário", criticou Paulo Geisler.

 

"As principais alterações em relação ao modelo de regulação aeroportuário de 2009 caracterizam-se pela eliminação da referência expressa ao modelo de regulação "single till" [admite a utilização da receita não-aeronáutica arrecadada para subsidiar custos vindos de serviços aeronáuticos], à abolição da regulamentação do princípio da remuneração adequada da base de activos regulados e à exclusão do princípio da regulação por incentivos, a supressão do princípio da transparência como critério do processo regulatório e de investimento em novas infra-estruturas", detalhou a mesma fonte. 

 

Fazem parte da RENA, a Aigle Azur, a Air France, Brussels, Continental, Euroatlantic, Iberia, KLM, LAM, Portugália, Lufthansa, Royal Air Marroc, SATA, Swiss, TAAG, TACV, TAP e Tunisair. 

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