Notícia
Trabalhadores da Ryanair avançam com greve no final de Setembro
A paralisação dos trabalhadores da Ryanair abrange não só os tripulantes de cabine, que têm sido dos mais críticos em relação às regras de trabalho na companhia aérea 'low cost' irlandesa, mas também pilotos e serviços de 'handling' (assistência em terra) da empresa.
07 de Setembro de 2018 às 15:29
Sete sindicatos europeus, incluindo o português Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), vão avançar com uma greve ao trabalho na Ryanair, decisão tomada esta tarde durante uma reunião em Roma.
Em declarações à Lusa, Luciana Passo, presidente do SNPVAC, adiantou que o dia (ou dias) em que irá ocorrer a paralisação será conhecido até 13 de Setembro, sendo que a greve irá ocorrer na última semana do mês.
A paralisação abrange não só os tripulantes de cabine, que têm sido dos mais críticos em relação às regras de trabalho na companhia aérea 'low cost' irlandesa, mas também pilotos e serviços de 'handling' (assistência em terra) da empresa.
"Não avançamos já com a data, porque há outros sindicatos que se juntaram agora e têm que analisar, em relação às leis de cada país e aos estatutos de cada sindicato, o modo de aderirem, e de ser uma data que sirva a todos e que possa ser implementada em conjunto", esclareceu Luciana Passo.
A greve está a ser convocada por dois sindicatos italianos, o SNPVAC, uma estrutura sindical belga, duas espanholas e uma holandesa.
Luciana Passo adiantou ainda que os sindicatos irão pedir uma reunião urgente à Comissão Europeia, tanto à comissária dos Transportes como ao presidente Jean-Claude Juncker.
Em cima da mesa está a exigência que os contratos de trabalho da Ryanair sejam feitos segundo a lei laboral nacional de cada país, e não a irlandesa, que tem sido a usada pelo grupo. Os sindicatos contestam ainda o recurso a trabalhadores contratados por empresas de trabalho temporário, que funcionam na órbita da companhia aérea. Estes funcionários acabam por ter condições mais precárias de trabalho.
O SNPVAC esteve esta semana na Assembleia da República, para uma audição na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, onde deu conta dos problemas de que se queixam os trabalhadores da Ryanair: "É inaceitável que em 2018 não se tenha direito a parentalidade, que haja pessoas em Portugal que não têm direito ao salário mínimo, que sejam punidas por estar doentes e que qualquer falta seja sancionada e tenham que se deslocar a Dublin", adiantou Luciana Passo nessa altura.
Além disso, segundo a presidente da estrutura sindical, os responsáveis da Ryanair "nem sequer reconhecem o sindicato como interlocutor válido. Por isso nos juntámos aos sindicatos europeus, para que seja reconhecida a lei de cada país. Há outras 'low cost' em Portugal que fazem tudo o que a lei portuguesa exige, e em bom. Falam com o sindicato. Cumprem e vão um bocadinho mais além. O que quer dizer que é possível. Aqui passa-se do nada, para coisa nenhuma. Muito gostaríamos de fazer um contrato colectivo com eles, mas não conseguimos chegar lá", criticou.
A Ryanair tem estado envolvida num conflito com sindicatos a nível europeu, também com impacto em Portugal, nomeadamente depois de uma greve em Abril, em que a empresa foi acusada de intimidar os trabalhadores.
Em declarações à Lusa, Luciana Passo, presidente do SNPVAC, adiantou que o dia (ou dias) em que irá ocorrer a paralisação será conhecido até 13 de Setembro, sendo que a greve irá ocorrer na última semana do mês.
"Não avançamos já com a data, porque há outros sindicatos que se juntaram agora e têm que analisar, em relação às leis de cada país e aos estatutos de cada sindicato, o modo de aderirem, e de ser uma data que sirva a todos e que possa ser implementada em conjunto", esclareceu Luciana Passo.
A greve está a ser convocada por dois sindicatos italianos, o SNPVAC, uma estrutura sindical belga, duas espanholas e uma holandesa.
Luciana Passo adiantou ainda que os sindicatos irão pedir uma reunião urgente à Comissão Europeia, tanto à comissária dos Transportes como ao presidente Jean-Claude Juncker.
Em cima da mesa está a exigência que os contratos de trabalho da Ryanair sejam feitos segundo a lei laboral nacional de cada país, e não a irlandesa, que tem sido a usada pelo grupo. Os sindicatos contestam ainda o recurso a trabalhadores contratados por empresas de trabalho temporário, que funcionam na órbita da companhia aérea. Estes funcionários acabam por ter condições mais precárias de trabalho.
O SNPVAC esteve esta semana na Assembleia da República, para uma audição na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, onde deu conta dos problemas de que se queixam os trabalhadores da Ryanair: "É inaceitável que em 2018 não se tenha direito a parentalidade, que haja pessoas em Portugal que não têm direito ao salário mínimo, que sejam punidas por estar doentes e que qualquer falta seja sancionada e tenham que se deslocar a Dublin", adiantou Luciana Passo nessa altura.
Além disso, segundo a presidente da estrutura sindical, os responsáveis da Ryanair "nem sequer reconhecem o sindicato como interlocutor válido. Por isso nos juntámos aos sindicatos europeus, para que seja reconhecida a lei de cada país. Há outras 'low cost' em Portugal que fazem tudo o que a lei portuguesa exige, e em bom. Falam com o sindicato. Cumprem e vão um bocadinho mais além. O que quer dizer que é possível. Aqui passa-se do nada, para coisa nenhuma. Muito gostaríamos de fazer um contrato colectivo com eles, mas não conseguimos chegar lá", criticou.
A Ryanair tem estado envolvida num conflito com sindicatos a nível europeu, também com impacto em Portugal, nomeadamente depois de uma greve em Abril, em que a empresa foi acusada de intimidar os trabalhadores.