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Terceira fase da avaliação da localização do novo aeroporto arranca em maio

Até ao momento, a comissão técnica independente recebeu o contributo de 70 especialistas e 31 entidades públicas e privadas para avaliar as opções de localização do novo aeroporto. E está a trabalhar com três prazos: curto, transitório e a 50 anos.

Pedro Catarino
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A coordenadora-geral da Comissão Técnica Independente (CTI), Maria do Rosário Partidário, revelou que a terceira fase da avaliação ambiental estratégica das opções para aumentar a capacidade aeroportuária da região de Lisboa vai arrancar já em maio e vai contemplar três prazos: curto, transitório e longo (a 50 anos).  Esta quinta-feira vão ser divulgadas as opções de localização selecionadas pela comissão técnica independente na primeira fase.

"A fase 2 destina-se a criar um quadro de avaliação estratégico com os factores criticos de decisão para avaliar mais profundamente a short list" que será divulgada hoje, explicou a responsável.

"A terceira fase, em maio, será a avaliação final das opções estratégicas", acrescentou. A CTI vai, assim, nos próximos meses avaliar as opções finalistas em termos das dimensões aeroportuária, de acessibilidades, financeira, económica, ambiental e jurídica, de forma a que até ao final do ano entregue o relatório final ao Ministério das Infraestruturas, de forma a que o Governo tome uma decisão.

Para chegar à lista que vão apresentar hoje "fizemos uma ampla recolha e análise de perspectivas e criámos um programa de mesas temáticas que contou com a participação de cerca de 70 especialistas que nos ajudaram bastante a apontar para direções mais importante e úteis".

Além disso, Rosário Partidário revelou que a comissão técnica independente falou com cerca de 31 entidades publicas privadas e  através da página na internet Aeroparticipa.pt receberam contributos na "casa das dezenas de milhar". "Não quer dizer que sejam os cidadãos a decidir, mas são contributos úteis", referiu.


A responsável revelou ainda que apesar de a resolução aprovada no ano passado em conselho de ministros estabelecer uma solução a longo prazo (50anos), estão "
conscientes dos sérios constrangimentos que existem neste momento no aeroporto Humberto Delgado".

Por isso, "
queremos atender ao curto prazo". Razão pela qual pelo menos algumas das opções selecionadas tenham como objetivo minimizar os constrangimentos a curto prazo. "Qualquer solução que venha a ser adotada tem um período de desenvolvimento. Devemos atender a uma solução que tenha em conta um período de transição. Isto para deixar claro que estamos a trabalhar com três prazos: o definido em conselho de ministros [50 anos], o curto prazo e o prazo de transição", sublinhou, sem abrir mais o véu em relação às localizações concretas.


O aeroporto ideal 

No entanto, revelou alguns dos pontos do que consideram ser um aeroporto ideal: ter 
alta conectividade com ligaçao ferroviária;  ter pelo menos duas pistas com 3Km; serviços de handling e de fronteiras eficientes; terminais de carga especializados ou, por exemplo, uma área de segurança para novas energias, como o hidrogenio.

No total, a comissão aceitou neste processo de análise  17 possíveis localizações para o novo aeroporto, entre as cinco que o Governo selecionou inicialmente por despacho, as que a CTI entendeu acrescentar e as oito que resultaram do processo de consulta pública.

As cinco opções apontadas ainda no ano passado pelo Executivo eram: uma solução dual, em que o aeroporto Humberto Delgado terá o estatuto de aeroporto principal e o aeroporto do Montijo o de complementar; uma solução dual alternativa, em que o do Montijo adquirirá, progressivamente, o estatuto de aeroporto principal e o Humberto Delgado o de complementar; a construção de um novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete (CTA);  uma outra solução dual, em que o aeroporto Humberto Delgado terá o estatuto de aeroporto principal e um aeroporto localizado em Santarém o de complementar; e a construção de um novo aeroporto internacional em Santarém.

A estas a CTI adicionou já este ano outras quatro: Beja, Monte Real e as soluções combinadas Portela+Alverca e Alcochete+Portela.

Já este mês de abril, em resultado da consulta pública, entraram na corrida as localizações de Apostiça, Rio Frio, Poceirão, Évora, Ota, Sintra, Tancos e Pegões.


(Notícia atualizada às 16h22)
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