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TAP suspende voos para Bogotá, Panamá e Manaus
Fontes da companhia explicam que as rotas lançadas no Verão de 2014 não são rentáveis. Mas asseguram que ligações a estes destinos serão mantidas por transportadoras aéreas parceiras como a Copa ou a Azul, de David Neeleman.
A TAP vai suspender as ligações para Bogotá (Colômbia), Cidade do Panamá e Manaus, no Brasil, lançadas no Verão de 2014, apurou o Negócios junto de fontes da companhia aérea, esta segunda-feira, 18 de Janeiro.
Desde 1 de Julho de 2014 que a transportadora aérea disponibilizava a rota Lisboa – Bogotá – Panamá – Lisboa, mas, segundo as mesmas fontes, nunca foi rentável, o que motiva agora a sua "suspensão temporária", indicam, confirmando a notícia avançada pelo portal de turismo Presstur, que aponta o final de Março.
Numa simulação de reserva feita pelo Negócios para viajar para Bogotá no início de Abril, no site da TAP surge um aviso indicando que "não foram encontrados resultados".
Por razões técnicas - já que o A330 que servia este voo não podia voar directamente de Bogotá para Lisboa devido à altitude da capital colombiana e obrigava a uma paragem de reabastecimento –, a TAP optou na altura por fazer uma escala no Panamá (no regresso a Lisboa), embora, explicam agora as mesmas fontes, já antecipasse que a capacidade de gerar tráfego local para a Europa fosse reduzida. Essa limitação viria a tornar esta rota mais cara.
Ainda assim, a companhia avança que vai assegurar alternativas aos seus clientes para estas localizações, através de acordos comerciais com a Copa, a partir de Miami, nos EUA, destino para onde a TAP voa.
Já sobre os voos que começaram a ligar Lisboa a Manaus e Belém, no Norte do Brasil, a 3 de Junho de 2014, também acabariam por não gerar tráfego suficiente para rentabilizar a operação. Por isso, a TAP decidiu agora manter a ligação a Belém, com voos directos, ou seja, suspendendo a paragem que fazia em Manaus, na Amazónia, à ida.
De qualquer forma, oferecerá voos para Manaus a partir de Belém, através de um acordo comercial com a Azul, de David Neeleman, um dos novos donos da companhia aérea portuguesa, entretanto parcialmente vendida ao consórcio Atlantic Gateway, que inclui o empresário português Humberto Barbosa.
No Verão de 2014, a transportadora de bandeira tinha lançado também rotas para Belgrado (Sérvia),São Petersburgo (Rússia) e Talin (Estónia), entretanto extintas no início de 2015.
Em breve, a companhia liderada por Fernando Pinto, deverá apresentar mais ajustes à sua operação, esperando-se reforço das rotas com melhores resultados e eventual suspensão das que não estejam a corresponder às expectativas.
Na semana passada - e enquanto ainda decorrem negociações entre o consórcio Atlantic Gateaway e o Governo para reverter a privatização da maioria do capital do grupo aéreo - o gestor revelou que a frota da Portugália vai ser renovada e passará a ostentar uma nova marca, a TAP Express, apostando numa "ponte aérea" entre Lisboa e Porto, com partidas de hora em hora nas duas cidades.