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Turismo diz que cancelamento de rotas da TAP deve ser visto como “oportunidade”

A Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo acredita que o encerramento de rotas pela TAP do aeroporto do Porto não é “necessariamente” sinal de que está a abandonar o aeroporto Sá Carneiro.

Paulo Duarte
21 de Janeiro de 2016 às 18:35
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A APHORT (Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo) considera que o cancelamento de rotas da TAP a partir do aeroporto Sá Carneiro, no Porto, pode ser visto como uma "oportunidade". Recorde-se que a companhia aérea decidiu suspender quatro voos a partir da cidade, para Barcelona, Milão, Bruxelas e Roma.

Em comunicado, a APHORT referiu que "não partilha do discurso pessimista que tem vindo a ser adoptado pela opinião pública em geral face ao recente anúncio feito pela TAP relativamente ao cancelamento daquilo a que a companhia classificou como rotas deficitárias".

Segundo a APHORT "a região e o turismo do Porto e Norte não estão reféns nem totalmente dependentes da actividade da TAP, pelo que esse cenário deverá ser encarado como uma oportunidade e um desafio para que outras companhias aéreas se expandam ainda mais".

A associação referiu que "espera que uma empresa com a experiência e a dimensão da TAP tenha a capacidade de, como outras companhias aéreas já o fizeram, encontrar novas rotas positivas e benéficas para a região".


Para a APHORT, o aeroporto do Porto e os agentes turísticos do Porto e Norte é que devem criar estímulos e condições para atrais mais rotas e companhias aéreas.


Paralelamente, a APHORT não acredita que esta decisão seja um sinal de que a TAP está a desistir da região, "até pelo facto da companhia ter divulgado igualmente, há pouco tempo, a duplicação do número de voos entre Lisboa e Porto a partir do próximo mês de Março", referiu o mesmo comunicado.


Câmara diz que TAP tem que "assegurar o serviço" no Porto


O cancelamento das rotas a partir do Porto deu origem a críticas dos agentes económicos um pouco por toda a região, desde os têxteis, ao calçado, passando pela Associação Comercial da cidade. Esta quinta-feira, 21 de Janeiro, foi a vez do presidente da Câmara, Rui Moreira, se pronunciar sobre a decisão. "Se o operador permanecer público tem de prestar serviço publico e, nesse caso, aí sim, exigiremos (...), por uma vez, que a TAP não seja a Air-alfacinha e seja a Air Portugal", adiantou, citado pela Lusa.

"Precisamos de continuar a ter companhias que actuam nos principais aeroportos europeus e que garantam a frequência desses mesmos voos. [A TAP], desaparecendo do médio curso, o mercado com certeza tratará do assunto", frisou.


"O que isto quer dizer é que se confirma que a TAP só vai ter um hub, que é Lisboa, aliás nos últimos anos é o que a TAP tem feito", disse, acrescentando que "a TAP ao montar uma ligação de Vigo para Lisboa o que está a dizer é que quer que os passageiros da Galiza viajem para África ou América Latina, Brasil, através de Lisboa, evitando o aeroporto Francisco Sá Carneiro", disse Rui Moreira.

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