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TAP chega a acordo com todos os sindicatos
Administração da TAP diz que a quebra de receitas nos próximos anos será "colossal". Em breve avançam as medidas de adesão voluntária, estando a empresa a trabalhar numa redução de custos para "ter benefícios financeiros de cerca de 1,5 mil milhões de euros até 2025.
A administração da TAP informou este domingo os trabalhadores que alcançou o entendimento com todas as estruturas sindicais no que respeita aos Acordos de Emergência que vigorarão até 31 de dezembro de 2024, salientando que a "nova realidade" será submetida à Comissão Europeia.
Numa mensagem enviada aos trabalhadores, a que o Negócios teve acesso, o "chairman" e o CEO da companhia aérea, Miguel Frasquilho e Ramiro Sequeira, lembram apenas que algumas estruturas têm ainda de ratificar esse acordos com os seus associados, "procedimento que a TAP seguirá na próxima reunião de conselho de administração".
"Todos preferiríamos não estar a viver este momento. Perante este desafio que é global, tornou-se evidente o quão essencial é para o futuro da TAP este assinalável feito de chegar a acordo com todas as estruturas representativas dos trabalhadores, em tão pouco tempo", dizem ainda os dois responsáveis na mensagem, em que expressam ainda "agradecimento à contribuição inestimável do Ministério das Infraestruturas e Habitação que foi, além de acionista, parte integrante de todo o processo negocial e determinante em muito dos momentos".
A administração da TAP garante que em breve será divulgado o conjunto de medidas laborais de adesão voluntária, o que "é um passo que não só vai ao encontro do entendimento alcançado, como é crítico e fundamental para a otimização dos recursos laborais, no adverso contexto operacional e económico decorrente da evolução da pandemia e das medidas tomadas para a conter, bem como no contexto do plano de reestruturação em curso". E lembra que da análise ao nível de adesão às medidas voluntárias, "decorre a implementação de outras medidas necessárias ao ajuste da estrutura de custos laborais compatível com o atual e projetado nível de operação e de receita".
Na mesma mensagem, Miguel Frasquilho e Ramiro Sequeira dizem ainda que "tendo consciência de que a quebra de receitas ao longo dos próximos anos será colossal e estimada em vários milhares de milhões de euros, recordamos que estamos igualmente a implementar uma vigorosa redução de custos nas várias áreas da empresa, que permitirão à TAP ter benefícios financeiros de cerca de 1.5 mil milhões de euros até 2025, bem como a trabalhar em medidas de eficiência organizacional, aumento da produtividade e de geração de receita adicional".
"Sabemos que este é um plano muito duro e exigente, feito de medidas difíceis, mas absolutamente necessárias para preservar a TAP e assegurar a manutenção do maior número de postos de trabalho", apontam ainda, para lembrarem que "é neste plano de reestruturação que reside a esperança no futuro da TAP".
Dizem ainda que este acordo "começa agora o seu caminho para a aprovação pela Comissão Europeia", acrescentando que "a TAP e os ministérios das Infraestruturas e Habitação e das Finanças tudo farão para que, no mais breve prazo e com o melhor resultado final, o mesmo possa estar concluído".