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Siza Vieira: "Temos de demonstrar que a TAP continua a ser uma empresa viável depois de reestruturada"
O ministro da Economia não confirma a notícia avançada esta quarta-feira pelo jornal Público, segundo o qual o Estado vai tornar-se no único acionista da TAP.
"Não confirmo". Foi desta forma que o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, reagiu à notícia desta quarta-feira do jornal Público, que dá conta de uma operação para limpar os prejuízos da companhia aérea, que tornará o Estado no único acionista da TAP.
Questionado sobre o tema num webinar organizado pela Associação da Hotelaria de Portugal, o ministro ressalvou apenas que o Governo está a discutir com a Comissão Europeia "a possibilidade de apoiar a TAP para que ela mantenha a sua visão estratégica".
Segundo Siza Vieira, Bruxelas "exige ter visibilidade sobre o futuro da TAP", porque "os Estados-membros da UE não podem meter dinheiro em empresas que não tenham uma perspetiva de viabilidade a prazo".
Nesse sentido, sublinhou o ministro, "o que temos de demonstrar é que a TAP continua a ser uma empresa viável depois de reestruturada".
À semelhança do que tem sido feito por outros membros do Executivo, Siza Vieira comparou a situação da companhia aérea com a da Caixa Geral de Depósitos. "A CGD, depois executar o plano de reestruturação, está a pagar dividendos aos contribuintes, está a demonstrar que o investimento teve retorno e não foi uma perda de recursos públicos. Tal como na CGD, temos de demonstrar à Comissão Europeia que o plano de reestruturação da TAP assegura a viabilidade futura. É isso que vamos fazer".
De acordo com o ministro, "se isso vai determinar a necessidade de fazer uma redução de capital para absorver prejuízos e depois um novo aumento de capital, e se ele vai ser feito integralmente pelo setor público ou se vai ser acompanhado pelos privados, é um detalhe que não disponho", concluiu.