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SATA diz ser financeiramente inviável instalar base operacional na Terceira

O presidente da administração da SATA disse esta quinta-feira que a instalação de uma base operacional da empresa na ilha Terceira, como pede o CDS-PP, é uma opção inviável do ponto de vista financeiro e sem racionalidade económica.

Miguel Baltazar/Negócios
19 de Março de 2015 às 18:06
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Luís Parreirão foi hoje ouvido na comissão de Economia do parlamento dos Açores por causa de um requerimento do CDS-PP que recomenda ao Governo da região para, na qualidade de accionista único da transportadora aérea, fazer com que a SATA Internacional transfira "a sua base operacional" para a Terceira.

 

A SATA Internacional é a empresa do Grupo SATA que assegura as ligações entre os Açores e o exterior da região, argumentando o CDS-PP que esta medida levaria à criação de emprego na Terceira e seria uma forma de mitigar os efeitos da redução do contingente dos EUA nas Lajes.

 

Para o CDS-PP, esta seria a boa altura para levar para a Terceira uma base operacional da SATA por a empresa estar em reestruturação.

 

No entanto, o presidente do conselho de administração da SATA, Luís Parreirão, disse aos deputados que transferir a base da SATA Internacional de Lisboa ou de Ponta delgada para a Terceira "é desaconselhável" pelos custos que isso implicaria e que a empresa não tem forma de suportar.

 

Luís Parreirão afirmou que as bases operacionais da SATA Internacional (que este ano vai passar a chamar-se Azores Airlines) estão instaladas nos principais pontos de origem e destino dos seus voos, Lisboa e Ponta Delgada, onde trabalham 300 e 736 pessoas, respectivamente.

 

Mudar o local de trabalho da maioria das pessoas de uma dessas bases acarretaria custos estimados em mais de uma dezena de milhões de euros, afirmou Parreirão, que lembrou que um processo desses provoca também "instabilidade laboral".

 

O presidente da administração da SATA afirmou, por outro lado, que a manutenção "pesada" dos aviões da SATA é feita pela TAP, em Lisboa, e que a instalação na Terceira obrigaria a investimentos insuportáveis para a empresa a este nível também.

 

O secretário regional dos Transportes, Vítor Fraga, que foi ouvido na mesma comissão em conjunto com Luís Parreirão, destacou, por seu turno, que o plano de revitalização económica da Terceira, desenvolvido pelo executivo dos Açores por causa da questão das Lajes, prevê diversas medidas para a valorização do aeroporto da ilha.

 

A este propósito, sublinhou que o Governo Regional aprovou uma redução de taxas de utilização da aerogare civil das Lajes que faz desses valores os mais baixos praticados em todo o país.

 

Também Vítor Fraga considerou que a instalação de uma base operacional da SATA na Terceira colocaria em causa a "sustentabilidade" da companhia aérea.

 

Artur Lima, do CDS-PP, disse não aceitar os argumentos apresentados para a recusa da proposta do partido. Para o CDS-PP, esta era "uma oportunidade" para criar emprego na Terceira, algo que "pelos vistos, o Governo Regional não quer".

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