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Salários pagos por "tranches" na Groundforce levam PCP a insistir na nacionalização

Os comunistas questionaram o Ministério das Infraestruturas sobre medidas para fazer face aos salários em atraso dos trabalhadores da empresa de handling, que receberão agora apenas 65% do salário de junho.

Manuel de Almeida/Lusa
Negócios 30 de Junho de 2021 às 12:44
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A situação dos trabalhadores da Groundforce, que este mês vão receber o salário por "tranches", levou o PCP a questionar o Governo se vai "manter esta ‘estratégia’ de deixar a SPDH/Groundforce numa situação cada vez mais grave, para beneficiar outros interesses económicos – ou vai finalmente desencadear o processo de nacionalização da empresa".

 

Num requerimento dirigido ao Ministério das Infraestruturas, o deputado comunista Bruno Dias coloca ainda questões sobre se o Executivo vai tomar medidas urgentes para assegurar que os salários dos trabalhadores da empresa de handling são pagos imediatamente e que acompanhamento e medidas o Governo levou a cabo face aos direitos e remunerações que os trabalhadores têm ainda a receber.

 

O presidente do conselho de administração da Grounforce comunicou esta semana aos trabalhadores que vão receber o salário de junho por tranches, sendo pago na data habitual apenas 65% da remuneração. Segundo disse Alfredo Casimiro, a segunda tranche, correspondente aos remanescentes 35%, será paga até dia 15 de julho.


Para o PCP, é "inaceitável" esta situação, em que "não é assegurado o pagamento atempado, entrando a empresa em incumprimento para com os trabalhadores, com salários em atraso a partir desta semana".

Segundo refere no requerimento, "esta situação acontece quando os trabalhadores têm vindo a ser ‘convocados’ para fazer trabalho extraordinário, em dias de folga, para fazer face às exigências de um serviço que segundo a administração, apresenta um ‘significativo aumento de atividade que estamos a ter no mês de junho (e que se prevê continuar em julho)’".


Entretanto, acrescenta, "os trabalhadores continuam à espera do pagamento da anuidade, progressões da carreira, subsídio de férias, prémio, os feriados trabalhados em abril, etc."


Os comunistas insistem assim na necessidade de nacionalização da empresa de handling, solução que o Governo já descartou.


O anúncio feito por Alfredo Casimiro sobre pagamento faseado dos salários de junho levou já os trabalhadores a avançarem para a greve em julho.

 

 

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