Notícia
Rússia começa a desmantelar aviões para obter peças
O efeito das sanções impostas a Moscovo já se faz sentir no setor aeronáutico russo. O Kremlin traçou um plano de aproveitamento das peças de alguns aviões para manter a restante frota operacional.
09 de Agosto de 2022 às 13:48
As companhias aéreas russas, até mesmo a estatal Aeroflot, estão a desmantelar aviões para garantirem peças sobresselentes que não conseguem comprar no exterior devido às sanções impostas pelo Ocidente, avança a Reuters citando quatro fontes da indústria.
As empresas estão a seguir as indicações dadas por Moscovo em junho para que recorressem a algumas aeronaves para obter as peças necessárias para manter o resto da frota operacional até pelo menos 2025.
Uma fonte revelou à Reuters que pelo menos um Sukhoi Superjet 100 e um Airbus A350 da Aeroflot estão a ser desmantelados, sendo que o aparelho da Airbus é "quase novo".
Mas a companhia estatal terá também retirado peças de alguns Boeing 737 e Airbus A320 para manter outros aparelhos dos mesmos modelos em condições de voar.
Quase 80% da frota da Aeroflot são dos dois maiores fabricantes aeronáuticos - 134 aviões da Boeing e 146 da Airbus -, enquanto cerca de 80 aparelhos são Sukhoi Superjet-100, de fabrico russo mas que utilizam muitas peças fabricadas no estrangeiros, de acordo com os dados mais recentes, assinala a Reuters.
Moscovo terá também dificuldades em comprar peças a países que não impuseram sanções à Rússia após a invasão da Ucrânia. As companhias aéreas asiáticas e do Médio Oriente temem ser alvo de "sanções secundárias" por parte do Ocidente caso forneçam os equipamentos, refere uma fonte à agência noticiosa.
As empresas estão a seguir as indicações dadas por Moscovo em junho para que recorressem a algumas aeronaves para obter as peças necessárias para manter o resto da frota operacional até pelo menos 2025.
Mas a companhia estatal terá também retirado peças de alguns Boeing 737 e Airbus A320 para manter outros aparelhos dos mesmos modelos em condições de voar.
Quase 80% da frota da Aeroflot são dos dois maiores fabricantes aeronáuticos - 134 aviões da Boeing e 146 da Airbus -, enquanto cerca de 80 aparelhos são Sukhoi Superjet-100, de fabrico russo mas que utilizam muitas peças fabricadas no estrangeiros, de acordo com os dados mais recentes, assinala a Reuters.
Moscovo terá também dificuldades em comprar peças a países que não impuseram sanções à Rússia após a invasão da Ucrânia. As companhias aéreas asiáticas e do Médio Oriente temem ser alvo de "sanções secundárias" por parte do Ocidente caso forneçam os equipamentos, refere uma fonte à agência noticiosa.