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Presidente da SATA desmente auditor e vai voltar à comissão de inquérito

A comissão de inquérito ao grupo SATA do parlamento dos Açores decidiu voltar a ouvir o presidente da transportadora aérea, Luís Parreirão, que escreveu aos deputados a desmentir declarações do auditor das contas de 2014 da companhia.

Miguel Baltazar/Negócios
07 de Maio de 2015 às 20:40
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Luís Parreirão enviou hoje uma carta aos deputados, a que juntou documentação, em que garante que a SATA contratou, em Julho do ano passado, a PricewaterhouseCoopers (PwC) para fazer a auditoria das suas contas de 2014 (por 52 mil euros), para assessorar a elaboração do plano de negócios da transportadora até 2020 (por 42 mil euros) e para fazer "assessoria de controlo orçamental trimestral" (11 mil euros anuais).

 

Parreirão acrescenta que "no âmbito do acompanhamento da actividade da empresa", a PwC está a elaborar para a SATA, "para serem presentes às entidades financiadoras", um "relatório independente de certificação/validação dos pressupostos constantes do plano de negócios", um "relatório de desvios entre o executado e o previsto para o trimestre de 2015, bem como uma simulação de fecho de contas do primeiro trimestre" deste ano.

 

O presidente da direcção da empresa de consultadoria e auditoria PricewaterhouseCoopers, António Oliveira, foi ouvido na quarta-feira nesta comissão parlamentar e disse aos deputados que o plano de negócios da SATA até 2020 foi feito pelo conselho de administração da companhia aérea e que a PWC foi apenas consultada sobre a forma de o elaborar, não tendo sido chamada a validar os dados e estimativas que contém.

 

Por outro lado, afirmou que a SATA não pediu à PwC relatórios trimestrais de acompanhamento da execução desse plano, o que levou os deputados do PSD a destacar que não foi isso que afirmou, na mesma comissão, Luís Parreirão, também na quarta-feira, numa audição que antecedeu a da PwC.

 

As contradições entre os dois já tinham sido apontadas pelo PSD e pelo CDS hoje, tendo este último partido anunciado que iria solicitar o regresso de Parreirão à comissão de inquérito por este e outros motivos.

 

Todos os partidos concordaram em voltar a chamar Parreirão, mas decidiram que a audição será agendada mais tarde, depois de serem ouvidas mais pessoas que podem fornecer dados e informações com que poderá ser pertinente confrontar o presidente da empresa.

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