Notícia
Portway em greve no último fim de semana de agosto
Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (Sintac) entregou pré-aviso de greve para todos os trabalhadores da empresa de 'handling' da VINCI, que acusam a empresa de "terror psicológico". Protesto vai decorrer entre os dias 26, 27 e 28 de agosto em quatro aeroportos: Lisboa, Porto, Faro e Funchal.
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Os trabalhadores da Portway vão estar em greve entre os dias 26 e 28 de agosto, o último fim de semana deste mês, em protesto contra o "clima de terror psicológico" e pela falta de aumentos salariais.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC) entregou esta quarta-feira um pré-aviso de greve que abrange todos os trabalhadores da Portway e que vai decorrer em quatro aeroportos: Lisboa, Porto, Faro e Funchal.
Os trabalhadores da Portway – empresa de ‘handling’ do grupo VINCI – dizem estar a viver "num clima de terror psicológico" onde "proliferam ameaças e instauração de processos disciplinares, criando uma instabilidade social sem ímpar na história da empresa", lê-se em comunicado do SINTAC.
Além disso, o sindicato acusa a empresa de "desvalorização dos trabalhadores" através da falta de "atualizações salariais" e de "consecutivos incumprimentos do Acordo de Empresa", em vigor desde 2016, acrescendo ainda situações de "deturpação das avaliações de desemprenho" que acabam por travar as progressões nas carreiras.
Desde dezembro de 2019 que os trabalhadores da Portway - 1.200 nos quadros e 1.100 contratados - não avançavam para greve, diz ao Negócios o SINTAC.
O salário médio da Portway é hoje 800 euros mensais e segundo o sindicato os aumentos salariais estiveram congelados entre 2016 e março de 2020, quando houve "desbloqueamento das progressões automáticas".
Esta será a segunda greve agendada pelo SINTAC durante o mês de agosto, depois de, em conjunto com o Sindicato dos Quadros da Aviação Comercial (SQAC) ter agendado uma greve para os dias 19, 20 e 21 de agosto para todos os trabalhadores da ANA/VINCI que vai decorrer nos dez aeroportos nacionais.
Os sindicatos exigem a "reposição de todas as contribuições — até então suspensas — para o Fundo de Pensões dos seus trabalhadores", e que a gestora aeroportuária deixe de "tentar destruir os direitos obtidos ao longo de décadas pelos trabalhadores da ANA, através das suas propostas de novo AE [acordo de empresa] ou, em última análise, mantenha o AE de 2015".
