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Pedro Nuno Santos: “Há muito trabalho a fazer com a TAP. Muito”
O ministro das Infraestruturas disse no Parlamento que “para já” foi criada uma comissão de recursos humanos na TAP para acompanhar a atribuição de prémios, mas garantiu que há muito mais trabalho a fazer na companhia aérea, cuja gestão executiva é dos privados.
O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, disse esta terça-feira no Parlamento que "continua indignado" com os prémios pagos pela TAP a 180 trabalhadores, salientando que até agora o Estado, que tem 50% da companhia, conseguiu criar "para já" uma comissão de recursos humanos na empresa para acompanhar a política de atribuição de prémios. Mas "há muito trabalho a fazer com a TAP. Muito", disse.
Pedro Nuno Santos disse na comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas que tomou conhecimento pela comunicação social dos prémios já distribuídos, lembrando que a comissão executiva é dos privados, mas sublinhando que "se ficasse calado estava a aceitar o desrespeito pelo maior acionista".
Pedro Nuno Santos assumiu não estar satisfeito com o quadro institucional a que foi possível chegar após a negociação com os privados da Atlantic Gateway para que o Estado ficasse com 50 % da companhia aérea, mas lembrou que quando o anterior governo privatizou a TAP a 61% "assumiu a dívida passada, presente e futura".
" Se a TAP tivesse entrado em incumprimento, o Estado sem a ter um cêntimo assumia a responsabilidade", frisou, acrescentando que com o atual modelo o Estado garante "que a TAP não desaparece e que não vai sair de Portugal".
Pedro Nuno Santos destacou ainda que perante o contexto da negociação "dura" com os privados em 2015, que reverteu parcialmente a privatização, "o resultado foi insatisfatório mas foi o possível".