Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

"Incentivos perversos" nas companhias aéreas quadruplicam custos com subsídio social de mobilidade

Pedro Nuno Santos lembrou no parlamento que há operações de fraude que estão a ser investigadas e considerou que há incentivos perversos nas companhias aéreas que têm aumentado os encargos do Estado com o subsídio social de mobilidade "acima do que o aumento do tráfego justificaria".

Lusa
02 de Julho de 2019 às 11:54
  • ...

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, salientou esta terça-feira no parlamento o agravamento dos custos com o subsídio social de mobilidade para as regiões autónomas, frisando que passou de representar um encargo para o Estado de 17 milhões de euros em 2015, para 75 milhões em 2018, isto quando o tráfego cresceu 12%.

 

"O preço que estamos a financiar aumentou quatro vezes mais do que o aumento do tráfego justificaria", afirmou o governante, afirmando que é preciso "conseguirmos que o Estado não esteja a gastar mais do que se justifica".

 

"Temos um sistema com incentivos perversos nas companhias aéreas e sabemos que estão a ser investigados preços inflacionados por parte das agências, assim como de faturas falsas que chegam aos CTT", afirmou Pedro Nuno Santos, dando nota de "estratégias que estão a lesar o Estado".

 

O ministro das Infraestruturas disse ainda estar disponível para trabalhar com o governos regionais numa solução, lembrando que o Estado não pode contudo subsidiar empresas que funcionam no mercado liberalizado e que o modelo de subsídio social de mobilidade tem de proteger a população, acautelar situações de fraude e reduzir custos.

O subsídio social de mobilidade é atribuído aos passageiros residentes e estudantes das regiões autónomas, pelas viagens realizadas entre o Continente e a Madeira e Açores. 

 

No caso da Madeira, os residentes beneficiam de um subsídio de mobilidade, pagando apenas 86 euros - ou 65 euros, se forem estudantes, estando previsto um limite máximo de 400 euros.

 

No caso dos Açores os residentes pagam um máximo 134 euros nas viagens áreas para o continente, não havendo limite máximo.

 

Ver comentários
Saber mais Pedro Nuno Santos
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio