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Pedro Nuno Santos avança com queixa crime contra Alfredo Casimiro
O ministro das Infraestruturas avançou com uma participação criminal junto do Ministério Público contra Alfredo Casimiro na sequência da divulgação de um excerto de uma conversa entre ambos sobre a situação na Groundforce.
O ministro das Infraestruturas avançou com uma participação criminal junto do Ministério Público contra Alfredo Casimiro, o dono da Pasogal, que detém 50,1% da Groundforce, adiantou ao Negócios o gabinete de Pedro Nuno Santos.
Em causa está a gravação de uma conversa entre Alfredo Casimiro e o ministro, que terá sido feita sem o conhecimento do governante e que foi tornada pública.
Na conversa, o acionista privado da Groundforce questiona o ministro das Infraestruturas sobre se o acionista privado da TAP - Humberto Pedrosa - está a colocar dinheiro na mesma proporção em que o Estado está a colocar na companhia aérea. Em resposta, Pedro Nuno Santos reafirma o que o Governo já tem dito de que Bruxelas, no quadro da reestruturação da TAP, vai exigir a conversão de parte ou, em princípio, da totalidade em capital. "O que vai acontecer é que participação de Humberto Pedrosa vai-se transformar em pó", diz.
"Não sei se chega a 1%, vamos ver. Eles não vão acompnhar e vai-se diluir até uma participação residual", acrescenta na conversa entre ambos.
Alfredo Casimiro lamenta ainda não ter uma solução para dar aos trabalhadores da Groundforce no dia seguinte (segunda-feira), quando se ficou a saber que o acordo para a Groundforce receber mais um adiantamento de cerca de 2 milhões de euros da TAP para pagar salários em atraso tinha fracassado pelo facto de as ações que seriam dadas como penhor estarem já dadas pelo empresário como garantias de outros empréstimos.
Casimiro lamenta ainda, na conversa, "o atraso de oito meses desde a primeira conversa no âmbito de pedido de empréstimo" ao Estado, sendo que segundo sabe o Negócios a instrução formal desse pedido de auxílio de 30 milhões de euros só ficou completo em fevereiro passado.