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Maria Araújo: "Plano de reestruturação da TAP não podia circular"
A antiga chefe de gabinete de Pedro Nuno Santos disse que apenas o ministro, o secretário de Estado Hugo Mendes e o ex-adjunto Frederico Pinheiro tinham acesso ao plano de reestruturação da TAP, que não estava no arquivo geral pela sua sensibilidade.
A antiga chefe de gabinete de Pedro Nuno Santos, Maria Araújo, afirmou esta quarta-feira na comissão parlamentar de inquérito (CPI) à TAP que o plano de reestruturação da companhia aérea era "um documento particularmente sensível", ao qual "um número muito restrito de pessoas podia ter acesso".
A responsável disse mesmo que "um documento de extrema sensibilidade, só era acessível pelos dois membros do Governo – Pedro Nuno Santos e Hugo Mendes - e por Frederico Pinheiro, a quem estava confiada a tarefa de acompanhar de forma próxima o dossiê da aviação".
"O plano de reestruturação da TAP não podia circular", frisou a atual chefe de gabinete do secretário de Estado das Infraestruturas, salientando que "não devia ir para o arquivo geral do Ministério". Lembrou contudo que o plano estava igualmente no Ministério das Finanças, que tem a tutela conjunta da TAP.
Maria Araújo assumiu que a transição entre Pedro Nuno Santos e João Galamba no Ministério das Infraestruturas "foi repentina", já que entre "o momento entre a demissão e a tomada de posse foram escassos dias", mas frisou que as equipas transitaram para o novo gabinete.
A responsável disse ainda que "presume" que o plano de reestruturação da TAP transitou, mas disse não conseguir dar toda a certeza porque "a partir 4 de janeiro de 2023 deixei de contactar com matérias do setor da aviação".
Disse ainda não ser prática comum a classificação de documentos, explicando que deve acontecer quando são disponibilizados a entidades terceiras.