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Lufthansa sinaliza ao Governo real interesse na TAP
Os mais altos responsáveis da companhia aérea alemã asseguraram esta segunda-feira ao Executivo português que estão efetivamente interessados na privatização da TAP, cuja operação lhes permitirá crescer no hemisfério sul.
O CEO da Lufthansa, Carsten Spohr, e outros quatro altos responsáveis da transportadora aérea sinalizaram esta segunda-feira de manhã ao Governo português que a companhia alemã está realmente interessada na privatização na TAP, independentemente do modelo que vier a ser definido para a operação.
O Negócios sabe que na reunião realizada a pedido da Lufthansa, em que estiveram os ministros das Finanças e das Infraestruturas, o grupo alemão justificou o seu interesse na transportadora aérea portuguesa com o objetivo de crescer no hemisfério sul, designadamente nas rotas para a América Latina e África, e nas ligações para o Mediterrâneo. A companhia germânica, que quis ainda salientar a sua experiência na gestão de hubs, é hoje muito forte nos voos para o Norte da Europa e Estados Unidos.
O Negócios sabe que o Executivo explicou ao grupo alemão que o modelo da privatização da TAP não está fechado, estando ainda por definir a percentagem do capital a alienar e o tipo de operação de venda. Em termos indicativos o calendário do Executivo aponta para o primeiro trimestre do próximo ano.
Nesta reunião introdutória de uma hora para a Lufthansa apresentar o seu interesse na TAP não foram discutidos pormenores, quer de valores quer de modelos. A companhia alemã também não indicou qualquer percentagem concreta do capital da TAP que pretenda adquirir, nem os 19,9% que foram avançados este domingo pelo Corriere Della Sera.
Já o Governo reafirmou aos principais responsáveis da empresa que os critérios da operação estão definidos e passam pela manutenção do hub de Lisboa e pelo encaixe financeiro, tendo ainda apresentado o projeto e o calendário para o novo aeroporto em Alcochete.
O Governo de Luís Montenegro ainda não reuniu com os dois outros potenciais interessados na privatização – Air France/KLM e grupo IAG -, que não pediram ainda qualquer encontro, mas a sua intenção é ouvir todos. Com a Lufthansa não ficou agendada nova reunião.