O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, adiantou esta quinta-feira, 23 de Fevereiro, no final de um almoço com empresários, que "está muito perto de concluir as negociações" com os bancos que asseguraram uma pequena fatia do financiamento à TAP, o passo que falta para que o Governo possa avançar com a oferta junto dos trabalhadores e concluir o negócio que permite ao Estado ficar com 50% da companhia aérea.

Pedro Marques sublinhou que o Governo queria fechar acordo com esses credores este mês. "Espero que ainda consiga", afirmou, lembrando, contudo, que "numa negociação há duas partes na mesa".

"Estamos a falar de uma parte menor do empréstimo global de 120 milhões de euros, disse, frisando contudo que "cada banco tem de ser respeitado na negociação".

No final de Janeiro, a TAP chegou a acordo com a Caixa Geral de Depósitos, Millennium BCP e Novo Banco, os principais financiadores do empréstimo de 120 milhões de euros, que se vencia em Novembro deste ano.

O acordo passo pela extensão da maturidade para 2022 e uma redução em 1% da taxa de juro média da dívida não garantida.

A renegociação para a reestruturação do passivo financeiro da companhia aérea, em que Governo e Atlantic Gateway estiveram directamente envolvidos, era uma das condições que faltava para a conclusão do negócio que o Executivo acordou com os privados no ano passado, para o Estado passar a ter 50% do capital da companhia aérea.

Na altura ficou a faltar a conclusão da negociação com os bancos com menor participação neste crédito, o que o ministro admite que possa acontecer ainda na próxima semana.

Desta forma, o Governo admite que em Março ou Abril aprovar o lançamento da oferta pública de venda de 5% da companhia área juntos dos trabalhadores, operação que irá estabilizar a estrutura accionista da TAP.

Após a conclusão do negócio com a Atlantic Gateway a Autoridade Nacional da Aviação Civil terá de ser notificada e aprovar a estrutura da TAP no quadro das regras europeias.