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Frederico Pinheiro: "Fui ameaçado pelo SIS e injuriado pelo primeiro-ministro"

O antigo adjunto de João Galamba diz estar a ser alvo "de uma campanha montada pela máquina do Governo" e garante que é "inverosímil" achar-se que não tirou notas na reunião preparatória com a CEO da TAP.

Vítor Mota
17 de Maio de 2023 às 14:45
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O antigo adjunto do ministro das Infraestruturas, Frederico Pinheiro, afirmou esta quarta-feira na comissão parlamentar de inquérito (CPI) à TAP que foi alvo de um "tratamento injurioso" que "num ápice" pôs em causa o seu percurso "leal, rigoroso e trabalhador" durante seis anos nos governos de António Costa.


"Fui ameaçado pelo SIS, fui injuriado e difamado pelo primeiro-ministro e pelo ministro das Infraestruturas e fui alvo de uma campanha montada pela máquina do Governo", afirmou aos deputados na sua intervenção inicial.


"Não permitirei que destruam o meu bom nome", disse ainda Frederico Pinheiro, afirmando estar na CPI "para defender a verdade e a justiça", e não para fazer um ajuste de contas.

O antigo adjunto elencou ainda as reuniões em que participou envolvendo a TAP e assegurou que em todas as reuniões que participou com entidades externas tirou sempre notas e "sempre com o computador em cima da mesa", o mesmo tendo acontecido nas reuniões de janeiro, preparatórias da audição da CEO da TAP.

"É inverosímil achar que eu não tirei notas numa reunião como a que estava em causa", afirmou, acrescentando que "em momento algum me foram solicitadas as notas, e sabiam da sua existência".

"Só depois de eu sublinhar que teria de falar das notas se fosse à CPI foi a primeira vez que me pediram para enviar as notas", disse.

Questionado sobre o que chamou de "máquina de propaganda nas últimas três semanas", Frederico Pinheiro afirmou que a 26 de abril "fui ameaçado pelo serviços de segurança, no dia 27 contactado à porta de casa pela PJ e nos dias seguintes difamado e injuriado pelo primeiro-ministro e ministro das Infraestruturas".

O antigo adjunto disse que nesse processo houve "ajuda de assessores de vários gabinetes e do próprio ministro junto de jornalistas e comentadores".

Relatou ainda que "cortaram o acesso ao meu telemóvel, tiraram-me o acesso ao email de trabalho e não responderam ao pedido de acesso a material de trabalho", acrescentando ainda que "o Governo e assessores chegaram ao ponto de divulgar a piscina pública onde levo aos meus filhos às aulas".

Em resposta a um pedido do deputado do Chega André Ventura para entregar o telemóvel de serviço à PJ ou à CPI de forma a serem recuperadas mensagens apagadas numa intervenção informática que diz ter sido ordenada pela chefe de gabinete de João Galamba, o ex-adjunto aceitou entregar o telemóvel à PJ.

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