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Frederico Pinheiro: “Ativação do SIS e PJ foi desnecessária, desproporcionada e ineficaz”

O antigo adjunto exonerado por João Galamba diz que não houve uma verdadeira preocupação com a segurança da informação classificada

Vítor Mota
Maria João Babo mbabo@negocios.pt 17 de Maio de 2023 às 16:06
O antigo adjunto do ministro das Infraestruturas, Frederico Pinheiro, afirmou esta quarta-feira na comissão parlamentar de inquérito à TAP que "não houve uma verdadeira preocupação com a segurança da informação classificada", assegurando que essa informação "não estava nem está em risco", estando "armazenada em múltiplos suportes físicos e digitais".

"Esta ativação de meios do Estado, como o SIS ou a PJ foi desnecessária, desproporcionada e acima de tudo ineficaz porque se a preocupação eram os documentos era ineficaz se eu tivesse intenção de os revelar", frisou.

Questionado pela Iniciativa Liberal se alguma das notas que tirou em reuniões realizadas ao longo dos anos comprometem algum ministro ou o primeiro-ministro, disse ter "centenas de notas de reuniões com entidades externas" e "não me recordo do que está nesses documentos".

Frederico Pinheiro relatou ainda o processo de entrega do seu computador de trabalho a um agente do SIS, confirmando que esse agente lhe disse "que está a ser muito pressionado por alguém de cima, que é melhor resolver a bem e que depois se pode complicar".

O antigo adjunto disse ainda que no primeiro contacto do SIS teve "uma reação de choque, desconfiei que era mentira. Nunca imaginei ser contactado pelo SIS".

Segundo Frederico Pinheiro, o agente disse-lhe ainda que "se entregasse o computador nunca mais ouviria falar do mesmo".
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