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Ex-gestor da TAP próximo de Neeleman recebeu 1,35 milhões de pré-reforma
O conselho de administração da TAP já pediu devolução da verba, mas ainda sem sucesso. Vai avançar para tribunal.
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Um antigo administrador da TAP, Maxiliman Otto Urbanh, saiu da companhia aérea com um pré-acordo de reforma de 1,35 milhões de euros que seriam recebidos entre dezembro 2018 e dezembro de 2022. A informação foi revelada por Mariana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda, na comissão de inquérito à TAP durante a audição ao administrador financeiro da companhia aérea.
Gonçalo Pires confirmou os valores e revelou que o conselho de administração considerou o acordo ilegal, tendo pedido a devolução da verba ao gestor que ingressou nos quadros da TAP em 2016 para o cargo de diretor executivo comercial, com uma remuneração de 420 mil euros por ano. O contrato foi assinado por Fernando Pinto, na altura presidente executivo da companhia aérea.
Em 2017 deixa de exercer esta função e é nomeado chief strategy officer com as mesmas restantes condições salariais que tinha, entre as quais um prémio máximo até 315 mil euros, subsídio mensal de 1.000 euros/mês por filho, subsídio anual de alojamento no valor de 84 mil euros e despesas de mudança até 20 mil euros. Se na mudança optasse por vender a casa em Nova Iorque, teria direito a um 'bolo' de 25 mil euros para despesas. Estas eram algumas das regalias do contrato entretanto considerado "ilegal" pelos advogados da compahia aérea.
A 31 dezembro 2018, Maxiliman Otto Urban, próximo de David Neeleman - que foi acionista da TAP -, assina um acordo de pré-reforma com suspensão da prestação de trabalho no valor de 1.350.545 euros, segundo a deputada do Bloco de Esquerda tendo como base os vários documentos entregues ao Parlamento no âmbito da CPI.
O CFO não conseguiu precisar os motivos, mas acredita que o acordo terá sido declarado nulo pelo facto do antigo administrador ter mudado de funções para conseguir a pré-reforma. Adiantou que os advogaados da TAP já pediram a devolução do valor, mas ainda sem sucesso. O próximo passo deverá passar por avançar para tribunal.
Gonçalo Pires revelou ainda que esta situação foi detetada no âmbito de uma auditoria alargada que a empresa pediu a uma equipa externa para avaliar se há mais situações semelhantes.