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Embraer vai fazer manutenção e alterações ao caça A-29 Super Tucano em Portugal
A subsidiária portuguesa OGMA, em Alverca, é a primeira fábrica na Europa, Médio Oriente e África com capacidade para fazer manutenção destes aviões militares que são usados por 15 forças aéreas mundiais, incluindo a dos EUA.
A Embraer escolheu Portugal para começar a fazer a manutenção e futuras alterações ao avião militar A-29 Super Tucano, usado por 15 forças aéreas em todo o mundo, incluindo a dos Estados Unidos.
A empresa brasileira anunciou esta quarta-feira que vai começar a capacitar a subsidiária em Portugal, a OGMA S.A., "para executar suporte e manutenção do caça A-29 Super Tucano, além de futuras modificações na aeronave que atendam requisitos dos clientes presentes e futuros na região", lê-se em comunicado.
Desta forma, a OGMA, que fica localizada em Alverca, será a primeira fábrica na Europa, Médio Oriente e África com a capacidade para fazer a manutenção e alteração destas aeronaves. Sendo que hoje a OGMA já presta suporte logístico ao demonstrador do A-29 Super Tucano, "fornecendo técnicos para viabilizar missões de demonstração em todo o mundo".
Até agora, a Embraer já entregou mais de 260 aeronaves A-29 Super Tucano às 15 forças aéreas que já usam estas caças, incluindo os EUA as forças armadas do Mali, Mauritânia, Nigéria, Burkina Faso e Angola.
De acordo com a empresa brasileira, inicialmente a OGMA estará certificada para a manutenção do A-29 Super Tucano, de forma a "gerar receita na prestação de serviços a clientes atuais, constituindo mais uma oportunidade imediata para a OGMA continuar a crescer, gerar em valor em Portugal e reforçar o Cluster Aeronáutico nacional".
No futuro, a fábrica vai ser preparada para modernizar a aeronave militar, atendendo "às necessidades dos seus atuais operadores" e para que seja "um centro de serviços de excelência para a aeronave," disse Johann Bordais, Presidente & CEO, Embraer Serviços e Suporte.
A Embraer sublinha que a OGMA "é um ativo estratégico" e que continua a apostar na subsidiária portuguesa mesmo depois da privatização, lembrando o investimento de 74 milhões de euros, realizado em 2020, permitindo à empresa obter a certificação para a manutenção dos motores GTF da Pratt & Whitney, utilizados pela nova geração de aviões comerciais.
Este acordo irá criar 300 postos de trabalho e poderá triplicar o volume de negócios anual da OGMA para 600 milhões de euros, diz em comunicado a empresa brasileira.