Germán Efromovich, dono da companhia aérea colombiana Avianca, está a ponderar adquirir a principal companhia área italiana, a Alitalia, ou a companhia aérea estatal da Polónia, a LOT. A notícia está a ser avançada pelo jornal polaco "Rzeczpospolita" e citada pela Reuters.

“Temos de tomar uma decisão em relação a uma futura compra o mais tardar nos dois primeiros meses de 2014”, afirmou o empresário colombiano. “Tenho de aumentar a presença da minha companhia aérea na Europa, quer através de aquisições ou através da criação de uma nova empresa”, acrescentou, salientando ainda que “certamente estou a olhar para a Alitalia e Lot”.

A Alitalia tem, nos últimos meses, atravessado dificuldades, necessitando de um aumento de capital para fazer face à crise que atravessa. Várias soluções foram ao longo das últimas semanas apontadas, mas nenhuma solução. No início de Novembro, foi tornado público que uma delegação encabeçada pelo ministros dos transportes italiano, Maurizio Lupi, estava a preparar uma deslocação à capital russa para conversas exploratórias com a companhia russa Aeroflot com vista a uma aliança entre as duas transportadoras.

Já na semana passada, no dia 11 de Dezembro, surgiu a notícia que a companhia aérea de Abu Dhabi, Etihad Airways, estaria a analisar os números da companhia italiana para decidir se investe na empresa. A decisão, de acordo com a Reuters, deverá ser tomada até ao Natal.

Quanto à polaca Lot, o governo de Varsóvia na semana passada, avançou com a possibilidade de vir a privatizar a transportadora aérea.

Efromovich e a TAP

De acordo com a Reuters, Eframovich em declarações ao jornal polaco sustentou que a TAP “não é necessariamente uma prioridade” para ele actualmente. No ano passado, aquando do processo de privatização da transportadora aérea portuguesa, a Avianca foi uma das candidatas, tendo mesmo sido a empresa que chegou à última fase do processo de privatização.

Contudo, a 20 de Dezembro de 2012, o Governo decidiu não dar seguimento à proposta de compra da companhia aérea apresentada pelo colombiano Germán Efromovich, justificando que as ofertas “não foram garantidas inequivocamente”, como se exigia no caderno de encargos.

Na semana passada, no dia 16 de Dezembro, Fernando Pinto, presidente da TAP, apontou que “será difícil começar a privatização da TAP por uma venda em bolsa".

Efromovich, em declarações ao Negócios, a 21 de Novembro, admitiu que "a janela da oportunidade e o interesse na TAP obviamente está-se fechando, desaparece com o tempo".

O governo português pretende lançar a privatização da TAP nos primeiros meses de 2014.