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Easyjet deixará de voar para a Madeira com mudanças no subsídio de mobilidade
A companhia aérea diz que não conseguirá implementar o novo modelo de subsídio de mobilidade da Madeira, que prevê que residentes e estudantes paguem apenas o preço estipulado para as passagens sem terem de adiantar valores passíveis de reembolso.
A Easyjet anunciou esta quinta-feira que, com a aprovação no Parlamento do novo modelo de subsídio de mobilidade da Madeira, apresentado pelos deputados do PSD Madeira, "não conseguirá implementar as mudanças inerentes ao mesmo".
Em comunicado, a companhia aérea salienta que "a implementação destas medidas implica a expulsão da EasyJet de um mercado liberalizado, por uma decisão política, e que forçará a companhia a interromper as duas rotas domésticas atualmente existentes entre a Madeira e o continente português". Algo que, reconhece, "terá um enorme impacto negativo tanto na vida das pessoas, como no turismo e na economia de toda a região".
A transportadora recorda que opera rotas internacionais para a Madeira desde 2007 e presta serviços domésticos desde 2008, tendo com isso assegurado "uma maior concorrência e disponibilidade de tarifas mais baixas".
A Easyjet afirma ainda que continuará "a monitorizar esta decisão, e a analisar todos os detalhes relacionados com a mesma, com as nossas equipas de regulação e jurídicas".
No âmbito das propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2020, foi aprovada quarta-feira a proposta do PSD-Madeira quanto à alteração ao subsídio social de mobilidade para a região, que prevê que os madeirenses paguem apenas o preço estipulado para as passagens aéreas de ida e volta - 86 euros para os residentes e 65 euros para os estudantes -, sem terem de adiantar valores passíveis de reembolso.
A proposta, que entrará em vigor este ano, foi aprovada com os votos de todos os partidos, à exceção do PS que votou contra.